Rui Pedro, aos 11 anos |
Foi preciso a Cristina Ferreira lançar um novo programa nas manhãs da televisão portuguesa para se voltar a falar do menino desaparecido em Lousada. No dia 4 de março de 1998. Há 20 anos.
Voltamos a ver a mãe, Filomena Teixeira, e a imensa que dor transporta a cada minuto do dia.
Os anos passam e vamos esquecendo. Esquecendo que menores desaparecem, sem deixar rasto. Mas a mãe não esquece, por um minuto que seja. Corre o mundo à procura do filho. Contrata detectives quando sente que as autoridades não dão as respostas que precisa.
A dor no coração desta mãe é imensurável. Não come, quase não dorme, mesmo com a ajuda de medicação. Espera a cada momento que o filho lhe apareça à porta. Está preparada para o receber de braços abertos. Cuida da sua aparência. Bem penteada, maquilhada, cuidadosamente vestida. Faz parte da sua capa, explica. Tem de se mimar a si mesma.
Este é um relato impressionante. Pode passar o tempo que passar, que esta dor não amaina. A dor de não saber o que aconteceu a um filho.
Eu não consigo nem imaginar viver uma situação destas.
Eu penso que deve ser uma dor insuportável. Difícil de suportar. Talvez a maior dor de todas.
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