30 de março de 2013

Pipocas perfeitas (e baratas!)


Lembram-se deste post, sobre pipocas de micro-ondas?
Fiquei mesmo irritada. Queimei vários sacos de pipocas, fiquei com a casa a cheirar a incêndio e as pipocas ficaram péssimas.
O meu filho do meio perguntou-me "Não sabes fazer pipocas doces?".
Pois era isso mesmo que diziam os pacotes: pipocas doces. O resultado, esse ficou bem longe da promessa.

Não sou mulher de me deixar vencer, muito menos por um saco de pipocas. Andei a pensar no assunto e a minha boa memória levou-me aos meus tempos de infância, em que não tinha micro-ondas. Sempre fiz pipocas em casa. Nunca queimei pipocas. Porque terá então isso acontecido agora? Lembrei-me da minha velha companheira panela de pressão. Em casa da minha mãe, e da minha avó também, sempre se cozinhou com panelas de pressão. E foi assim que aprendi a cozinhar. Na minha infância, fazia pipocas sempre que queria na panela de pressão da minha mãe e nunca queimei uma pipoca!

A festa de aniversário que se seguiu cá me casa foi a oportunidade de testar a velha teoria. Desta vez comprei um saquinho de milho que custou um euro e pouco, pus um pouco de óleo no fundo da panela de pressão e deitei o milho. Fechei a tampa e menos de um minuto depois já começavam as pipocas a estalar: pop, pop, pop, pop. Assim que terminaram os estalos, abri a panela e lá estavam elas. Abertas, cheirosas e fumegantes. Deitei-as numa taça e provei-as. Já só faltava estarem doces. OK. Pus um açúcar e um pouco de água numa penelinha, levei ao lume, e logo que o açúcar deixou de fazer espuma, ficou com uma cor caramelizada e estava no ponto. Desliguei o lume, verti o açúcar derretido cuidadosamente por cima das pipocas, tendo o cuidado de as mexer e deitar aos poucos sobre todas as pipocas. E ficou pronto. Logo que o açúcar arrefeceu tinha pipocas envolvidas em açúcar. Estavam estaladiças, doces e deliciosas!

Os miúdos adoraram. Ficaram óptimas e ainda mais baratas do que as de micro-ondas!

29 de março de 2013

Ricardo Araújo Pereira: carta aos 19% de Desempregados


O Ricardo Araújo Pereira continua a escrever como só ele, a pôr o dedo na ferida, de forma brutal e a chamar os bois pelos nomes. Ah! E sempre com um humor incomparável.

Eu, fazendo parte destes 19%, revejo-me completamente neste texto.

"Caro desempregado,

Em nome de Portugal, gostaria de agradecer o teu contributo para o sucesso económico do nosso país. Portugal tem tido um desempenho exemplar, e o ajustamento está a ser muito bem-sucedido, o que não seria possível sem a tua presença permanente na fila para o centro de emprego. 

Está a ser feito um enorme esforço para que Portugal recupere a confiança dos mercados e, pelos vistos, os mercados só confiam em Portugal se tu não puderes trabalhar. O teu desemprego, embora possa ser ligeiramente desagradável para ti, é medicinal para a nossa economia. Os investidores não apostam no nosso país se souberem que tu arranjaste emprego. Preferem emprestar dinheiro a pessoas desempregadas.

Antigamente, estávamos todos a viver acima das nossas possibilidades. Agora estamos só a viver, o que aparentemente continua a estar acima das nossas possibilidades. Começamos a perceber que as nossas necessidades estão acima das nossas possibilidades. A tua necessidade de arranjar um emprego está muito acima das tuas possibilidades. É possível que a tua necessidade de comer também esteja. Tens de pagar impostos acima das tuas possibilidades para poderes viver abaixo das tuas necessidades. Viver mal é caríssimo.

Não estás sozinho. O governo prepara-se para propor rescisões amigáveis a milhares de funcionários públicos. Vais ter companhia. Segundo o primeiro-ministro, as rescisões não são despedimentos, são janelas de oportunidade. 

O melhor é agasalhares-te bem, porque o governo tem aberto tantas janelas de oportunidade que se torna difícil evitar as correntes de ar de oportunidade. Há quem sinta a tentação de se abeirar de uma destas janelas de oportunidade e de se atirar cá para baixo. É mal pensado. Temos uma dívida enorme para pagar, e a melhor maneira de conseguir pagá-la é impedir que um quinto dos trabalhadores possa produzir. Aceita a tua função neste processo e não esperneies.

Tem calma. E não te preocupes. O teu desemprego está dentro das previsões do governo. Que diabo, isso tem de te tranquilizar de algum modo. Felizmente, a tua miséria não apanhou ninguém de surpresa, o que é excelente. A miséria previsível é a preferida de toda a gente. Repara como o governo te preparou para a crise. Se acontecer a Portugal o mesmo que ao Chipre, é deixá-los ir à tua conta bancária confiscar uma parcela dos teus depósitos. Já não tens lá nada para ser confiscado. Podes ficar tranquilo. E não tens nada que agradecer."

Ricardo Araújo Pereira,
Visão,  27 de Março de 2013

22 de março de 2013

Governo chumba aumento salário Mínimo Nacional

O Governo acabou de chumbar o aumento do Salário Mínimo Nacional. As confederações patronais e os sindicatos sentaram-se à mesa das negociações e concordaram com este aumento. Só o Governo está contra. Porquê?
Irritam-me estes políticos de todas as cores, que não dizem a verdade aos portugueses. Porque razão os patrões querem e porque razão o Primeiro Ministro está contra? Digam a verdade às pessoas!

Os Sindicatos
Os Sindicatos, como é óbvio querem ver aumentados os salários baixíssimos que colocam muitos portugueses que trabalham na pobreza. Isto é claro como água.

Os Patrões
Os patrões concordam com os sindicatos em aumentar o salário mínimo nacional. Na mesa negocial, em troca de alguma coisa que desconhecemos, pois não nos foi revelado, os patrões concordaram.
Pergunto eu: precisarão os patrões que o Salário Mínimo Nacional seja aumentado, por decreto, para o fazer? Na realidade, como diz o Primeiro Ministro, os patrões podem aumentar os salários sempre que quiserem. Então porque não o fazem?
Porque não querem ser os únicos a fazê-lo. Se uma empresa aumentar os salários e o seu concorrente não o fizer, o concorrente tem mais lucros. O que os patrões querem é não ser os únicos a aumentar os salários. Querem que o "mal" seja igual para todos.

Governo
Aqui reside o maior mistério. Porque será que este governo quer prejudicar as pessoas, não aumentando o Salário Mínimo Nacional? Já ouvimos da boca do Primeiro Ministro, que os patrões que quiserem fazer aumentos o podem fazer. Verdade. Então porque esta renitência em concordar com este aumento?
A verdadeira razão, não revelada no debate, nem pelo Primeiro Ministro, nem pela Oposição, é uma questão de custos para o Estado.

Todos os apoios sociais: subsídio de desemprego, reformas, etc, estão indexadas ao valor do IAS (Indexante dos Apoios Sociais), logo, um aumento do Salário Mínimo Nacional teria como consequência um aumento dos apoios sociais e isso traria custos avultados para o Governo.

Esta é a verdadeira razão, não revelada nem pelo Governo, nem pela oposição. Centram a discussão no Ordenado Mínimo Nacional, deixam de fora da discussão todos os portugueses com salários superiores e  a discussão parece não ter fundamento.

O que pergunto, é para que serve a oposição que não esclarece os portugueses? Apresentam discussões superficiais e não explicam à população as verdadeiras consequências desta discussão. Precisamos de políticos mais sérios e de discussões mais transparentes!

18 de março de 2013

A vida é uma corrida

Conhecem aquela sensação de que as horas do dia não chegam para o que temos para fazer? Parece que andamos sempre a correr de um lado para o outro e o dia não rende? Estou sempre a fazer promessas a mim mesma de melhorar o planeamento e a organização, de começar tudo mais cedo, de parar mais cedo... Mas, estou sempre a sentir-me atrasada. Começo a parecer o coelho da Alice no país das Maravilhas com a sua célebre frase "I'm late, I'm late, for a very important date!".
Por mais que faça tudo mais rápido, parece que estou sempre atrasada. Corro para ir pôr os filhos à escola, ginástica e música. Corro para os ir buscar. Corro para ir às compras. Corro a arrumar as compras. Corro para cozinhar. Uf! Corro para vir ao computador e escrever uns textos. Corro, corro, corro...
E o vosso dia, rende como deveria?

15 de março de 2013

Lanidor: 30% Desconto em Camisas

A Lanidor oferece 30% de desconto na compra de 3 camisas, túnicas ou tops. A oferta é válida até 17 de Março. Algumas peças na minha wishlist. Ai! tentação tão grande!

13 de março de 2013

Lanidor: Echarpes de cor

Echarpes e lenços Lanidor
A primavera está à porta e a Lanidor está com uma coleção de lenços e echarpes de chorar! Coloridos, estampados gráficos, campestres ou urbanos. A escolha é alargada. Eu já tenho os meus preferidos, e vocês?

8 de março de 2013

Por detrás deste dia



No dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, situada na cidade norte americana de Nova Iorque, fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho, tais como, redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho.

A manifestação foi reprimida com total violência, as mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente desumano.

Porém, somente no ano de 1910, durante uma conferência na Dinamarca, ficou decidido que o 8 de março passaria a ser o "Dia Internacional da Mulher", em homenagem as mulheres que morreram na fábrica em 1857. Mas somente no ano de 1975, através de um decreto, a data foi oficializada pela ONU (Organização das Nações Unidas).

6 de março de 2013

Tudo é relativo

Hugo Chavez
Morreu Hugo Chavez. E isto já todos sabemos, desde ontem.
Ao observar as reportagens sobre a sua vida e morte, a relatividade das coisas assalta-me o espírito.
Amado por uns e odiado por outros, sem dúvida um personagem que ficará na história.
Os emigrantes venezuelanos nos Estados Unidos festejaram a sua morte. Já os mais desfavorecidos na Venezuela choraram lágrimas sentidas.
O homem que teve a audácia de chamar burro ao anterior presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, é de extremos. Ama os seus amigos e odeia os seus inimigos, sem nunca ter medo de chamar os nomes às coisas.
Esta pequena história mostra-me mais uma vez, como tudo muda, dependendo da perspectiva como olhamos. Consigo por momentos concordar com quem o ama, admirando a sua coragem, determinação e força para seguir os seus ideais. Não consigo deixar de partilhar a opinião de quem o considera um extremista, um ditador. Mais uma vez, duas faces da mesma moeda. Tão diferentes, dependendo da forma como a olhamos.
E vocês, o que pensam desta personalidade histórica?

3 de março de 2013

Pipocas de microondas


Conhecem aqueles sacos de milho que se põe no microondas para fazer pipocas? Pois não valem o que custam. Mais vale comprar sacos de pipocas prontas.
Ora vejamos, por cada saco de milho e seguindo a instruções da embalagem acabei com: um terço dos bagos de milho por abrir, um terço das pipocas esturricadas e apenas um terço das pipocas comestíveis. Para além disso fiquei com a cozinha a cheirar a incêndio e tive de abrir as janelas de toda a casa.
Se tivesse sabido disto antes, não me teria metido a fazer pipocas no microondas.

Pipocas de microondas = Pipocas queimadas.
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