14 de novembro de 2016

Bullying onde menos esperamos

Bullying físico

Estou com o coração apertado. 
A PSP-Escola Segura foi à escola de 1º e 2º ciclo dos meus filhos explicar a cada turma o que é o bullying, explicar aos meninos e meninas que devem ajudar os seus colegas que possam ser vítimas. Enfim, um excelente trabalho da escola e da polícia na prevenção e deteção de situações em que as crianças não têm a segurança que merecem.

Temos aproveitado o tema para conversas cá em casa. Não foi na primeira nem na segunda conversa que o mais velho puxa pelo mais novo para contar porque andou à tareia na escola.

Há um menino que bate ao meu mais novo desde que a escola começou!
- Mamã, desde uma semana depois das aulas começarem, corrige o miúdo.

Estou com o coração partido.
O meu filhote mais novo, aquele que sempre se defende, aquele que nunca suspeitaria que pudesse ser vítima. É pequenito para a idade o meu filho, mas rijo. Defende-se sempre e por isso ele próprio não pensou que fosse bullying. Mas levar violentos pontapés nas partes baixas e fortes murros na barriga com repetição diária é bullying!

Já falei com a professora que ficou de resolver o assunto dentro da escola. Se isto se repetir mais um dia que seja os pais terão de ser chamados à escola e serão responsabilizados.

Tenho o coração tão apertado! O meu filho, o meu bebé, (já lhe expliquei que vai ser o meu bebé para sempre) vítima de bullying! É como se eu tivesse falhado em permitir que isto esteja a acontecer há dois longos meses.

Falamos sempre com eles. Perguntamos como correu a escola, o que fizeram. E nada. Nunca nos contou nada. Teve de ser o irmão, a quem outros meninos mais velhos contaram que o viam sempre luta com outro miúdo, a trazer o assunto para casa. Afinal estava apenas a defender-se e foi isso que nos explicou, assim como os outros detalhes terríveis.

Não é que conversar sobre estes temas não adiante. Parece que nunca é suficiente. Faltava-nos falar mais uma ou outra vez para que o assunto nos chegasse. Como aconteceu agora. Finalmente. Mais vale tarde que nunca. Ainda assim sabe a notícia demasiado tardia.

Bullying físico



Os livros que preciso encontrar para me ajudar a lidar com esta situação. Vou primeiro ver se há na biblioteca, caso contrário terei mesmo de os comprar. 


Os provocadores, os fala barato e os falsos amigos - Defende-te do Bullying, Jenny Alexander.

Todos sabemos quem são… dão-nos «acidentalmente» encontrões nos corredores da escola ou deixam de súbito de falar connosco sem motivo aparente. Mas como podemos lidar com estas situações de forma eficaz? Aquilo que este livro pretende é ajudar a aumentar a autoestima e autoconfiança, pois só a partir daí dr poderá ter uma atitude assertiva. Através de exercícios, testes e exemplos, poderá a pouco e pouco construir e reforçar as defesas psicológicas contra o bullying e libertar-se do medo e da ansiedade.





A agressividade na escola - Bullying, Jenny Alexander

O bullying é um problema que existe nas escolas há já algum tempo, e que com o passar dos anos tem tomado proporções cada vez mais preocupantes sendo desconcertante o número de jovens em idade escolar que sofre deste problema. Como progenitora, Jenny Alexander viu-se confrontada com este fenómeno e, tendo em conta todas as dificuldades por que passou, decidiu criar um livro de auto-ajuda para pais cujos filhos fossem alvo de intimidação pelos colegas, divulgando estratégias simples e úteis para que estes possam tomar um papel activo na busca de soluções. Escrito de forma simples neste livro poderá encontrar a informação de que necessita sobre a ajuda disponível e sobre como desenvolver boas técnicas de defesa psicológica. Um guia essencial para todos aqueles que, directa ou indirectamente, sejam confrontados com este fenómeno.


Alguém tem algum nesta temática que recomende?










12 comentários:

  1. Olá Paula!

    Que situação :( Estas ações de bullying estão a aumentar e não vale de nada esta prevenção da PSP/escola se em casa não tivermos educação. Infelizmente em muitas casas, não há um devido acompanhamento às crianças e depois acontece disto. Eu tenho uma filha pequena mas tenho sempre medo no que lhe pode acontecer.
    Depois vai contando como ficou a tua situação.

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    1. O problema é que mesmo acompanhando os miúdos NÃO contam.
      Seja por medo, ou por pensarem que isso vai parar.
      Não é nada fácil descobrir. Só pelos irmãos ou por comentários dos colegas que por vezes contam aos seus pais.

      Muito obrigada pelo apoio.
      Beijinhos,
      Paula

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  2. Obrigada Pimenta, do fundo do coração!
    Não é nada fácil, mas tenho de lutar para que se arranje uma solução para a situação parar. Isso é o mais importante.

    Um beijinho,
    Paula

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  3. Olá
    Penso que este é o tema que assombra todos os pais, primeiro porque os nossos filhos não estão livres de lhes acontecer e em segundo devido a todo o segredo que os mesmos fazem acerca disso.
    Na minha opinião deve voltar a escola, insistir, pressionar. Defenda o seu filho com unhas e dentes. Alguém terá que resolver essa situação.
    Força e não desista.
    Para ajudar, este livro:

    http://www.psiquilibrios.pt/cat-EdPsiq-Bully.html

    Beijinhos

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    1. É isso mesmo que vou fazer.
      Insistir e pressionar a uma solução.

      Beijinhos,
      Paula

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  4. Dor de alma, li ontem e fiquei perturbada é só hoje consegui comentar. Descobri que na escola do meu há muitas histórias parecidas, quase assumidas como normais, pelos miúdos, mas com os auxiliares a chamarem os pais a atenção. Não te consigo ajudar mas tenho uma amiga que é psicóloga escolar e que penso terá as ferramentas que precisas. Diz me se precisares e eu trato do contato. Ter contado e ter o irmão por perto foi muito bom. Beijinho

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  5. Nem sei que te diga, é daquelas situações em que o coração fica doente e ao mesmo tempo enraivecido, que nos dá vontade de lhes dizer para fazer isto e aquilo da próxima vez, mas ao mesmo tempo sabemos que incentivá-los a baterem mais ainda nada resolve.
    Todos os comentários anteriores já disseram tudo e o mais importante é mesmo não deixar morrer a situação, porque se assim for a escola poderá considerar que foi apenas uma tempestade num copo d'agua.
    Tudo de bom e que se resolva em breve.
    Nany

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  6. É um assunto triste. Pensar que tantos miúdos são infelizes na escola e não contam a ninguém a razão.
    Eu vou seguir os conselhos que aqui me deram e insistir.
    Não posso deixar o caso por resolver.

    Obrigada e beijinhos.

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  7. Mas o seu filho achava normal que lhe batessem todos os dias?
    Nunca notaram nada de diferente no vosso filho ultimamente?

    Mas com tantas situações a passarem nas TVs sobre isso, ele não via que o "caso" dele seria parecido e não comentava nada com os Pais?

    Espero que tudo se resolva o mais depressa possível!!!

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    1. Não sei se achava normal mas não achava que era bullying.
      Nem achou que era bullying quando a PSP foi à turma explicar o que era e que não podiam deixar acontecer aos colegas.

      O que ele percebeu é que bullying é quando alguém bate a outro que não se defende. Ora, ele defende-se!

      Só que é muito mais pequeno e o outro bate-lhe diariamente, e ele defende-se diariamente.

      Esqueceram-se de lhe explicar, ou não percebeu, que agressões continuadas são bullying!

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  8. O meu filho agora com 19 anos nunca contou nada do que se passava na escola. Eu sabia das coisas nas reuniões na escola. Não sei se alguma vez foi vitima de bullying e ponho as mãos no fogo em como nunca foi o bully. Por isso não me admiro que o filho da Paula nunca tenha contado. E agora, como está o assunto? Espero que resolvido.

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    1. Obrigada pela partilha e pelo seu cuidado Maria João.

      A professora teve uma conversa com o referido menino e até agora não se voltou a repetir.

      TODOS os dias pergunto ao meu filho se o outro lhe voltou a bater. Ele fica muito desconfortável e tenta mudar de conversa. Eu tenho de explicar que só pergunto porque o amo e o quero proteger. Assim ele conta-me que agora o outro já nem se aproxima dele.

      Por vezes uma conversa séria da professora resolve a situação. Mas continuo atenta!

      Beijinhos,
      Paula

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Digam de vossa justiça!

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