7 de fevereiro de 2013

Duodécimos e Austeridade

Afinal, apesar de tanta contestação os portugueses ainda aguentam mais austeridade.
Não é verdade?
Mas foi esta a mensagem que os portugueses deixaram ao governo.
Se não vejamos:
  1. O governo aumentou os impostos
  2. O governo alterou as taxas de IRS para os portugueses pagarem mais.
  3. O governo cortou parte dos subsídios (taxa extra 3,5% de imposto)
Para compensar todos estes aumentos de imposto, o governo decide que os subsídios devem ser pagos mensalmente aos trabalhadores em duodécimos  Ah! Mas os trabalhadores têm o direito de não querer receber mensalmente, acumular e receber tudo nas férias e no Natal.
O prazo para os trabalhadores se pronunciarem já passou. A maioria decidiu não receber por duodécimos. Cada um sabe de si mas a mim choca-me que assim tenham decidido. Qualquer merceeiro sabe que é melhor receber a pronto que fiado. Com o que recebemos podemos fazer o que quisermos: gastar, poupar, pôr a render juros. Mas os portugueses, na sua maioria, decidiram não receber a pronto, mas fiado.
Porque é que isto me choca? Meus senhores, porque estão a dar ao governo a mensagem: ainda aguentamos mais austeridade. Conseguimos viver com menos. Até pedimos para não receber o ordenado todo e guardar uma parte para estoirar nas férias!
Não é assim? É para juntar para o seguro do carro? Para o IMI? Lamento, mas esta não é a leitura do governo. Se não querem receber tudo e juntar para o seguro do carro, é porque não precisam desse dinheiro e só o querem para estoirar nas férias!
É preciso cuidado com as decisões, pois todas têm uma leitura. E a leitura que o governo vai fazer não é muito boa para os trabalhadores. Se aguentam mais austeridade, vão ter mais aumentos de impostos. Ah pois é!

9 comentários:

  1. es un muy buen tema besos http://perlitalizardo.blogspot.com/

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  2. Eu não tive escolha. Tive que receber em duodécimos e pronto. Mas assim prefiro. Já vivi um ano sem subsídios e tive de cortar em muita coisa. Não aguentava ficar sem mais rendimento mensal.

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  3. Eu também tive de escolher duodécimos, embora preferisse receber tudo junto.

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  4. Totalmente de acordo. Por acaso escrevi um pequeno post acerca do tema. Claro que escolho receber em duodécimos.

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  5. Ainda bem que tocaste este assunto. Concordo inteiramente. O Governo só estará satisfeito quando estivermos todos na miséria. O povo português às vezes é demasiado honesto! Há que saber jogar as mesmas cartadas que eles, não é verdade?

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  6. Concordo plenamente. Várias colegas perguntaram o que eu achava e o que eu disse foi que preferia receber os duodécimos e expliquei porquê. A diferença no meu salário é significativa e o aumento de impostos fez realmente a diferença! Os duodécimos compensam para poder ter maior liquidez mensal. Se sobrar algum dinheiro, melhor, fica na poupança!
    Acho que, apesar de tudo, a maioria das pessoas estava mal informada e achou que pagava mais impostos se recebesse aquele valor mensalmente do que recebendo na totalidade, como é habitual. Engano puro, chegando ao final do ano as contas são exactamente as mesmas!
    Tenho menos dinheiro no Verão e no Natal? Se não conseguir poupar, tenho... Mas não é com esse dinheiro que pago as contas do dia-a-dia por isso não me chateio...

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  7. Tambvém concordo,mas a maioria não concorda, e nem pensa nas consequências! Depois levamos todos por igual!

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  8. Eu só me pergunto é como é que ficou a vida daqueles milhares de trabalhadores - e desenganem-se quem pensa que são poucos - que SEMPRE receberam esses duodécimos e por inteiro mensalmente. Passo a explicar: os trabalhadores das ETT's. Toda a minha vida laboral foi feita através de ETT'S - empresas de trabalho temporário - com contratos mensais renovaveis, em que os subsidios eram pagos todos os meses, junto com o ordenado mensal. Nunca tive um subsidio de férias ou de Natal, e como eu muitaaaa gente. Salario que já eram baixos mesmo com o recebimento desses duodécimos mensalmente, ficaram mais baixos agora com a subida dos impostos, e esses trabalhadores já não têm subsidios para lhes serem distribuidos ás pinguinhas todos os meses: já lá estão, fazem parte do pacote de precariedade que este país continua a permitir que prolifere. Investigações ao BPN as televisões fazem muito, agora depois do caldo entornado, depois de termos andado a pagar o disparate, mas e para quando uma grande investigação de fundo a essas ETT's que andam por aí a embolsar rios de dinheiro, com lucros verdadeiramente assustadores? Eu tenho cá para mim que os podres que se iriam descobrir, ui ui. E nem quero imaginar como vai ser agora o mês de muita gente que eu conheço e que infelizmente só arranja trabalho através desses vampiros...

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    1. É verdade, os trabalhadores temporários sempre ganharam mal e mensalmente. Quanto ganharão agora?

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