28 de novembro de 2012

ONU aprova resolução contra Mutilação Genital Feminina



A Assembleia-Geral das Nações Unidas aprovou pela primeira vez uma resolução que condena a mutilação genital feminina e pede aos Estados membros penas e ação educativa para travar a prática.

O texto insta os Estados membros da ONU para que tomem todas as medidas, incluindo leis que proíbam expressamente esta prática, que viola os direitos humanos, com o objetivo de proteger mulheres e crianças de «qualquer forma de violência» e pôr fim à impunidade.

A Assembleia-Geral pediu também um esforço às autoridades, serviços médicos e líderes religiosos e comunitários para que redobrem esforços de forma a aumentar a consciencialização e combater atitudes dos que defendem a ablação do clítoris feminino.

Na decisão da ONU foi também declarado o dia 6 de fevereiro como o Dia Internacional da Tolerância Zero contra a Mutilação Genital Feminina.

Após a aprovação, o embaixador italiano na ONU, Cesare Maria Ragaglini, que foi um dos principais promotores da iniciativa, destacou que a resolução será um instrumento para ajudar a «mudar o destino» de mulheres e crianças em todo o mundo.

Vários países africanos destacaram a importância do texto para intensificar a luta internacional contra a prática da mutilação genital feminina.


O que é a Mutilação Genital Feminina? 

A mutilação genital feminina (MGF) é uma prática em que uma parte ou a totalidade dos órgãos sexuais de mulheres e crianças são removidos. Há vários tipos, que por sua vez têm gravidades diferentes. Segundo as várias tradições são removidos o clítoris ou os lábios vaginais. Uma das práticas de maior gravidade – chamada infibulação – consiste na costura dos lábios vaginais ou do clítoris, deixando uma abertura pequena para a urina e a menstruação. Aproximadamente 15 % das mutilações em África são infibulações.
A MGF é levada a cabo em várias idades, desde depois do nascimento até à primeira gravidez, tendo a maioria lugar entre os quatro e oito anos.


3 comentários:

  1. É incrível como no século XXI ainda existem coisas destas...
    http://sstyleyourself.blogspot.pt/

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    1. Obrigada pelo teu comentário!
      Já estava a ficar desiludida por não haver comentários a um tema sério como este. Será que o assunto não toca a ninguém?

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  2. Esta sim é realmente uma muito boa noticia; só é pena que nos países onde a excisão ainda se pratica, o hábito cultural e a ignorância (temem que alguma desgraça se abata sobre a familia se não cumprirem com esta prática) faça com que isto aconteça no "abrigo" do lar e em segredo...

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Digam de vossa justiça!

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