14 de novembro de 2015

Em choque


Dizer que estou chocada é pouco. Dizer o quanto abomino a inação Europeia também.

Faço minhas as palavras do jornalista Luís Ferreira Gomes

"Quem ataca assim, cobarde e metodicamente, não merece respostas pacíficas. No país e continente da tolerância, é tempo de respostas firmes, por mais que ame a Paz e seja tolerante. Contra o terrorismo, isto não vai lá com orações..."

 E convém não esquecer que o ataque ao Charlie Hebdou foi há apenas 10 meses.

5 comentários:

  1. Comecei a ver notícias sobre tiroteios em Paris nas redes sociais. Não liguei muito. Até ser impossível não o fazer…
    À noite liguei a televisão para ver as notícias (coisa que nunca, mas nunca mesmo, faço). Passados 20 minutos desliguei a televisão. Aqueles comentários especulativos não me pareciam acrescentar nada.

    Julgo que não vale a pena falar aqui do óbvio: do choque, do medo, da tristeza profunda, da compaixão, da empatia, da dor partilhada… A única coisa que não sinto é desejo de vingança ou raiva. Pode ser estranho, se calhar chocante, mas não consigo sentir raiva. Acho que, com tudo o que tem acontecido no mundo, a raiva é um sentimento demasiado inútil e pernicioso.

    Ainda estou a tentar perceber o que aconteceu e porquê. Não percebo mesmo. Nunca vou conseguir perceber como é que se matam inocentes em nome de alguma coisa, seja lá o que for. Não entendo de todo.

    Neste momento só me consigo debruçar sobre questões como:
    O que fazer para que não volte a acontecer?
    O que fazer para que os objetivos dos terroristas não se concretizem, quando desconfio que grande parte das pessoas tem o pensamento e comportamento semelhante ao de ovelhas?
    O que fazer para que os regimes de extrema-direita não floresçam como ervas-daninhas, prontos a acabar com “os outros” e a fazer prevalecer “os nossos”?
    O que fazer para que as pessoas não passem a olhar para todos os que são diferentes como potenciais inimigos?
    O que fazer para dominar o medo e agir com coragem e dignidade, todos os dias, em cada momento da nossa vida: nas nossas casas, nas nossas famílias, nos nossos trabalhos, em todos os locais onde nos cruzamos com um semelhante e, porque não, mesmo quando estamos sós?

    Uma coisa é certa: aqueles homens têm objetivos bem definidos. Eles pretendem ser vistos por todos e a divulgação dos seus atos é a sua arma mais forte. Eles querem provocar o medo e querem provocar, sobretudo, as consequências desse medo.

    E nós, o que vamos fazer?

    Acredito que temos que, tanto quanto possível, nos livrar da enormidade de emoções que estamos a sentir, rever a história do mundo, e tentar não cometer os erros do passado.

    Temos que preparar o futuro, de uma forma mais fria e racional.
    Temos que assumir em nós a responsabilidade que nos cabe. A responsabilidade de não responder a provocações como touros cegos de raiva, agredindo tudo e todos à nossa volta, que sejam minimamente diferentes de nós. Sejamos inteligentes e calculistas na preparação da nossa segurança.
    Tentemos perceber porque é que isto aconteceu. Quem os armou? Quem os deixou passar?
    O que querem eles que nós pensemos e que façamos?

    Ontem existiram centenas de vitimas em Paris.
    Todos os dias, existem milhares de vítimas no mundo vitimas de diferentes tipos de terroristas.

    Sejamos intolerantes com todo o tipo de violência, em qualquer parte do mundo.
    Acredito ser essa a melhor forma de nos protegermos.

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  2. E é com estes atos que hão de conseguir o extremar de situações e manipular a opinião pública. Saímos todos perdedores.
    Boa semana.

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  3. Infelizmente o choque continua.
    Bjs

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Digam de vossa justiça!

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