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| Mariana Mortágua | 
Sempre admirei a dupla feminina do 
Bloco de Esquerda (BE), 
Catarina Martins e 
Mariana Mortágua. A sua defesa dos direitos femininos, sonegados apesar de estarem na lei, das minorias, dos mais desfavorecidos. Acredito que devemos construir uma 
sociedade justa, com 
igualdade de direitos independentemente do género, raça, religião, idade, opção política e de recursos financeiros.
Sempre fui uma acérrima 
defensora dos animais, dos fracos e oprimidos. Já 
convoquei uma greve, numa empresa que não pagava salários; já 
salvei vidas de animais; tirei cursos de socorrismo que já me permitiram 
salvar vidas humanas; 
dou sangue desde os 18 anos na esperança de 
salvar vidas de doentes e vítimas de acidentes.
Sou também acérrima defensora do 
Serviço Nacional de Saúde e da 
Escola Pública. Se sou de esquerda? Não sei. 
Tenho ideias de esquerda mas também ideias de direita. Defendo a 
meritocracia, a 
iniciativa privada, o 
capitalismo supervisionado e regulado pelo estado. Defendo 
penas pesadas para o crime de colarinho branco, aquele em que não se roubam uns trocos, mas em que se desviam milhões, se afundam empresas públicas, aqueles que nenhum partido político tem coragem de perseguir. Porque será?
Defendo também a 
Escola Privada, a 
Saúde Privada porque defendo a 
liberdade de escolha. Cada cidadão deve ter 
assegurado pelo estado a sua educação, saúde, segurança e justiça. Estas são as bases de uma 
sociedade justa. Ainda assim, deverá poder optar por usufruir destes serviços prestados por empresas privadas.
Acho que a maioria dos portugueses ficou a admirar 
Mariana Mortágua ao vê-la tão bem preparada, tão crítica e a conseguir colocar o dedo na ferida na Audição Parlamentar no caso BES. Agora, Mariana 
esticou-se. Propor ao partido do governo que 
perca a vergonha de ir buscar dinheiro a quem o acumula?
Mariana Mortágua é 
economista. Deve ainda lembrar-se da importância das poupanças para a economia. Em Portugal sofremos de um 
índice de poupança muito baixo desde o início da última crise.
Os portugueses sempre pouparam. Desde cedo perceberam ser melhor ter uma poupança para eventualidades no futuro. Muitos imigraram. Submeteram-se a baixas condições de vida para 
poupar,
 acumular dinheiro para o trazer para Portugal (injetar dinheiro na nossa economia), construir uma casa na terra, ou comprar um apartamento na cidade. Quer agora a Mariana fazer-nos crer que os 
nossos imigrantes são todos uns 
criminosos por terem 
acumulado dinheiro e 
adquirido o bem imobiliário onde habitam?
Será que todos os trabalhadores portugueses que poupam, compram certificados de aforro e pagam a sua casa própria são criminosos fiscais?
Para quando 
perseguirem os criminosos de colarinho branco que desviam milhões, que afundam empresas públicas e deixam o nosso país mais pobre, em vez de quererem 
roubar os trabalhadores que com muito sacrifício 
ganham e poupam o seu dinheiro?
Estiveste mal Marianita!