22 de novembro de 2012

Choro terapêutico

O que me fez rir este post da Sónia.
Há uns anos atrás, tinha de correr o país de carro em trabalho. Conduzia horas e horas sozinha pelas autoestradas portuguesas. Ia ao Porto, a Aveiro, a Coimbra e ao Algarve. Estas horas eram terapêuticas  Ouvia música, pensava na vida, arrumava as ideias. Só não chorava, como a Sónia. Ela tem muita razão em dizer que chorar faz muito bem à alma. É verdade! Mas eu não preciso de conduzir umas horas sozinha para chorar. Eu aproveito quase todos os dias. É que eu tenho um grande defeito. Sou muito acelerada. Começo a andar muito depressa, a fazer tudo demasiado rápido. Resultado, bato com os ombros nas ombreiras das portas, com os cotovelos nas paredes, fecho armários deixando o nariz lá dentro, dou quedas aparatosas na rua, na casa de amigos e demais sítios por onde ando. Nestas ocasiões choro e bem. Alto e bom som. Os meus filhos já estão habituados a ouvir-me chorar e gritar de dor da outra ponta da casa. Chegam rápido a perguntar "o que foi desta vez?" e a querer saber se "tens sangue?". Já se sabe que se não houver sangue não é grave, aos olhos de uma criança. Na triagem do hospital nunca acreditam que me magoei sozinha. Já vi uns olhares complacentes e a pergunta "tem a certeza?". É claro que tenho a certeza que bati na porta sozinha, eu saberia se tivesse tido ajuda, mas não é que não preciso de nenhuma ajuda para me magoar a sério? Já sou desastrada o suficiente para fazer tudo sozinha!

9 comentários:

  1. há dias em que chorar muito, limpa a alma e as ideias!

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  2. Eu não sou desastrada. mas sou cá um chorona... lágrima fácil, sempre pronta a sair.
    http://fashionfauxpas-mintjulep.blogspot.pt

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  3. És uma verdadeira desatinada, estou a ver! LOLOLO. Eu também sou dada a acidentes domésticos, mas não choro. Praguejo. Choro sim, muitas vezes, esse choro terapeutico.

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  4. Eu ri-me muito foi com o TEU post! :))) Em inglês há um termo para ti: és uma "butterfingers", mãos de manteiga, que se pode entender como uma desatrada: Desde que sejam só pisaduras e contusões, nada mal. Mas ao volante do carro é preciso cuidadinho - aí não convém seres acelerada :)
    Um beijinho

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  5. Choro terapêutico tenho muito, sozinha no silêncio da noite normalmente. É verdade aquele ditado que a almofada é boa conselheira, eu gosto especialmente da minha :)
    Sou desastrada a andar, torço os pés, vou ao chão, mas só. O resto não, felizmente. Agora, se deixar cair uma coisa, vai quase que todo o resto do serviço atrás.
    Bjs

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  6. Eu tenho muita dificuldade em chorar e, nos raros momentos que me chega a choradeira, nunca são em momentos complicados, são sempre momentos insignificantes, como a gota que faz o copo transbordar.
    Beijinhos*

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  7. Acho que por vezes faz mesmo falta chorar, deixar as emoções correr. :) obrigada pelo post, és uma querida desastrada.

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  8. Ahahahah... apareceres no hospital a dizer que bateste contra um móvel sozinha é no mínimo suspeito. Lol. Imagino os mal-entendidos que isso pode gerar.
    E pensava eu que era atarantada e apressadinha.

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  9. Desastrada é o meu nome do meio!
    Ando sempre cheia de nódoas negras e nem me lembro onde as faço. Para aí há 20 anos atrás, escorreguei e, vá lá saber-se como, caí de lado e bati com a cara numa coisa que ali estava; resultado cortei a boca (de lado) e tive de ir ao hospital levar pontos; queriam chamar as autoridades, saber quem era o meu namorado, se era violento comigo e blá, blá, blá. O pior é que eum chorava porque me dão pânico as agulhas e injecções e nem sequer conseguia falar com a boca cheia de sangue. Foi cá um 31!

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Digam de vossa justiça!

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