Solstício de Inverno |
Na terra, o solstício de inverno no hemisfério norte e de verão no sul acontece precisamente às 17:11, quando o sol atinge a zona mais baixa no horizonte, como explicou Carlos Santos, do Observatório Astronómico de Lisboa.
Naquele que é o dia mais pequeno do ano, o sol nasce um pouco antes das 08:00 e põe-se às 17:19 (referência a Lisboa).
Carlos Santos lembrou que o solstício é um momento, a partir do qual os dias vão de novo gradualmente a ser maiores no hemisfério norte, e que tem a ver com a inclinação do eixo da terra e não com a distância entre o planeta e o sol.
Aliás, disse, o momento em que a terra está mais próxima do sol, o chamado periélio, acontece no início de janeiro (em julho é o momento em que está mais afastada, o afélio).
O responsável explicou ainda que o solstício é fácil de observar ("se olharmos para o sol todos os dias, ao meio dia veremos a descida dele no horizonte") e assinalado desde a antiguidade, havendo mesmo "monumentos megalíticos que estão orientados para o solstício".
"O Natal está relacionado com a cristianização de uma festa tradicional que tem a ver com o solstício", lembrou Carlos Santos, acrescentando que o momento simbolizava o renascimento ou o reinício, a festa do sol, o momento em que a luz vencia a escuridão e os dias iam voltar a ser maiores.
Na história não faltam referências à importância do solstício de inverno e ainda em 2012, faz hoje precisamente um ano, sacerdotes maias da Guatemala fizeram uma cerimónia para assinalar a data, considerada pelos maias como o início de uma nova era (21 de dezembro de 2012).
Em Portugal, uma tradição que ainda se mantém na zona de Bragança, dos caretos ou "festa dos rapazes", é uma "festa do solstício de inverno".
As festas pagãs que tradicionalmente se faziam para comemorar o solstício de inverno e honrar o sol terão, a partir do século IV, sido associadas ao Natal, uma festa cristã que assinala o nascimento de Jesus.
O inverno, que hoje começa, dá lugar à primavera a partir de março. Com ou sem festas pagãs ou religiosas, os dias vão, a partir de hoje, voltar a crescer, até 21 de junho, quando se assinala a noite mais curta. Era na antiguidade o momento de celebrar as colheitas.
Caretos |
Eu celebro sempre o Yule, a 21 de Dezembro, e depois o Natal a 25, mas não sou cristã, como tal, o meu Natal é mesmo muito pagão.
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O que se me ocorre de positivo nesta data é que os dias vão crescendo, devagarinho mas vão crescendo... Detesto os dias pequeninos, parece que não chegam a nada.
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