22 de setembro de 2016

Dizem que começa hoje


Bem vindo Outono!


Sim, ainda o escrevo com letra maiúscula, pois foi assim que a minha super professora da escola primária, Maria Emília, me ensinou.

A ela devo muito. Devo a forma como escrevo, hoje (quase) sem erros. Na verdade, hoje, os erros devem mais à pressa, aos teclados e aos corretores ortográficos do que à ignorância. Graças a ela aprendi a escrever corretamente. Não foi um caminho fácil.

Nunca poderei esquecer o dia que dei a mão à palmatória. Na verdade foi a uma régua comprida que a professora Maria Emília manejava com mestria, fruto de muitos anos de experiência.

Andava na Terceira Classe, hoje rebatizada de Terceiro Ano. O desafio era um ditado em que não se podiam dar erros. O castigo, uma reguada por cada erro acima dos cinco. Foi uma manhã tenebrosa. O meu veredito foram 11 (Onze!) erros. Um a um, os meus colegas caminharam em direção à mesa da professora. Levaram uma, duas reguadas. Ainda me estou a ver chegar junto à professora Maria Emília, fixar a palma da mão enquanto os dedos eram firmemente seguros e aquela régua estalava na minha mão, seis vezes!

Não sabia que uma mão podia latejar de dor. Mas aquela latejou toda a manhã, todo o dia. Não sei nem se tive coragem de contar aos meus pais. Não senti raiva, só vergonha Morri de vergonha por ter 11 erros no ditado.




1 comentário:

  1. Ora bem! Eu levei muito mais réguadas por mau comportamento do que por erros de português e matemática. Hoje olho/olhamos para o meu filho e desejo que ele se porte melhor que os pais e que o professor seja tão exigente com ele, como a minha professora foi comigo! D. Alice uma memória para sempre, apesar das réguadas...

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Digam de vossa justiça!

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