Bem vindo Outono!
Sim, ainda o escrevo com letra maiúscula, pois foi assim que a minha super professora da escola primária, Maria Emília, me ensinou.
A ela devo muito. Devo a forma como escrevo, hoje (quase) sem erros. Na verdade, hoje, os erros devem mais à pressa, aos teclados e aos corretores ortográficos do que à ignorância. Graças a ela aprendi a escrever corretamente. Não foi um caminho fácil.
Nunca poderei esquecer o dia que dei a mão à palmatória. Na verdade foi a uma régua comprida que a professora Maria Emília manejava com mestria, fruto de muitos anos de experiência.
Andava na Terceira Classe, hoje rebatizada de Terceiro Ano. O desafio era um ditado em que não se podiam dar erros. O castigo, uma reguada por cada erro acima dos cinco. Foi uma manhã tenebrosa. O meu veredito foram 11 (Onze!) erros. Um a um, os meus colegas caminharam em direção à mesa da professora. Levaram uma, duas reguadas. Ainda me estou a ver chegar junto à professora Maria Emília, fixar a palma da mão enquanto os dedos eram firmemente seguros e aquela régua estalava na minha mão, seis vezes!
Não sabia que uma mão podia latejar de dor. Mas aquela latejou toda a manhã, todo o dia. Não sei nem se tive coragem de contar aos meus pais. Não senti raiva, só vergonha Morri de vergonha por ter 11 erros no ditado.
Ora bem! Eu levei muito mais réguadas por mau comportamento do que por erros de português e matemática. Hoje olho/olhamos para o meu filho e desejo que ele se porte melhor que os pais e que o professor seja tão exigente com ele, como a minha professora foi comigo! D. Alice uma memória para sempre, apesar das réguadas...
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