Na sequência a comentários no post anterior, a minha resposta tornou-se mais um post que um comentário e por isso aqui vem em formato de post.
Claro que sei que as gerações anteriores escreviam cartas e livros. Mas quantos escreviam livros? E as cartas eram usadas para que fins? Cartas de condolências? Postais de férias? cartas um pouco mais extensas a partilhar detalhes da vida a familiares que estavam geograficamente mais distantes?
São raros os casos, tirando alguns escritores que ficaram na história, que escreviam cartas com os seus pensamentos, pontos de vista sobre o mundo que os rodeava.
Agora existe uma espécie de democratização da escrita, para o bem e para o mal, claro está. Toda a gente pode escrever e partilhar com o mundo. Temos muitos bons textos na Internet, mas muitos maus escritores. Temos de separar o trigo do joio, tanto em qualidade de escrita como de conteúdo. Eu, pela minha parte, apesar de gostar muitos de textos bens escritos, em bom português, escolho quem sigo pelo conteúdo. Pela qualidade do que escreve, em detrimento da correcção da forma. Algumas dessas pessoas que sigo por aqui, admiro pela forma como pensam e pela qualidade do conteúdo que produzem. Possivelmente algumas não são muito letradas, não escrevem com uma gramática muito correcta e nunca teriam a oportunidade de ter um livro publicado. Se não existisse a Internet, não teríamos a oportunidade de conhecer os seus pontos de vista. Neste sentido, considero a Internet uma verdadeira democratização da escrita e da partilha.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Digam de vossa justiça!