É o que acontece quando se apanha um grande susto, uma grande preocupação.
Temos uma enorme descarga de adrenalina para conseguirmos aguentar o choque, a pressão. Para conseguirmos resolver os grandes problemas.
No momento deixamos de ter frio, fome ou sono. Temos energia de sobra para nos dedicarmos à nossa preocupação. Estamos à altura de tudo o que no seja solicitado. É aquela velha expressão "fui buscar forças não sei bem onde". É à adrenalina. Perante um perigo, põe-nos o coração a bater mais rápido, em modo de sobrevivência. Retira-nos todas as outras sensações para todas as nossas energias e concentrarem na sobrevivência, nesta caso na saúde de um filho.
O pior é depois. O nível de adrenalina baixa abruptamente na corrente sanguínea. O nível de glicose que gastámos anteriormente caí para níveis mínimos. Começam as dores. Ontem quando cheguei a casa, sentia um aperto no coração, uma pressão.
Hoje, os meus intestinos estão numa lástima. O meu estômago grita por socorro. O pequeno almoço já foi rejeitado de rajada. Sinto frio, dores de cabeça. Nem o chá com açúcar me anima.
Agora vou ver se consigo aguentar um pouco de arroz cá dentro. Logo se verá como será a tarde.
Aí! Dói-me tudo!
Só me consola saber que a miúda está bem. Dedo cosido, braço ao peito mas bem disposta e com história para contar na escola!
Como eu compreendo... Fez ontem três semanas que apanhei um susto semelhante, em Angola, a kms da cidade, sem saber a quem ou a onde recorrer... Para ser sincera ainda nem consegui escrever sobre isso, ainda estou em processo de recuperação do susto! Ser mãe é mesmo viver o resto da vida com o coração fora do corpo...
ResponderEliminarQue bom a menina estar bem, espero que a mãe recupere rápido do susto!
MSM