26 de julho de 2017
Tommy: A rosa e os espinhos
A vida continua cheia de emoções na família que adota mais um elemento.
Os miúdos estão mais felizes que nunca, mais calmos e tranquilos e acima de tudo, mais responsáveis. Diariamente escovam o cão. Levam-no a passear várias vezes ao dia. Ainda estamos naquela fase de treino de xixis e cocós na rua.
A tradicionalmente (demasiado) barulhenta hora das refeições tornou-se num momento de tranquilidade para esta família de quatro alminhas e um cão. As crianças comem tranquilamente, sem dar pontapés ou cotoveladas aos irmãos, sem se empurrarem e sem se levantarem. Tudo em nome do bem estar do novo elemento da família que deitado ao lado da mesa de jantar, se assusta com gritos e movimentos bruscos. De repente esta família como tantas outras parece uma família modelo, daquelas das revistas cor de rosa (é melhor aproveitar antes que acabe...).
Como no melhor pano caí a nódoa, o senhor Tommy ontem fez das suas.
Fiquei zangada. Ralhei e não mostrei os dentes. Ficou de orelhas encolhidas e corpo colado ao chão.
Tinha acabado de mudar a minha cama de lavado, quando a encontro com uma mancha molhada... Seriam os miúdos que ali deixaram um fato de banho molhado da piscina? Não... O senhor Tommy tinha resolvido "marcar o território". Nunca o deixei subir para a minha cama, mas mal me apanhou pelas costas, na ausência de cheiro a gente, resolveu reclamar para si aquele novo e fofo território... Lá deixou o seu xixi... Por cima de lençol e edredão... (sim, eu friorenta me confesso, não dispenso tapar-me com um edredão... nem no verão). O sangue subiu-me à cabeça, fiquei com as bochechas a ferver. Mas, calmamente ralhei com ele. Ele, esperto como só ele, percebeu tudo muito bem. Pediu-me desculpa um milhão de vezes... Deu-me a pata, encolheu as orelhas e refugiou-se na sua cama. Eu, apesar de me apetecer abraçá-lo e fazer-lhe festas, mantive-me firme e distante (já são muitos episódios de Dog Whisperer no papo). Acho que aprendeu a sua lição. Vamos ver... O futuro o revelará. Eu eu aqui darei conta das emoções desta família e seu recém chegado Tommy.
Prevejo que uns dias sejam mais rosa, outros mais espinhos.
24 de julho de 2017
Amigos apresento-vos o Tommy
Olá amigos, apresento-vos o Tommy.
O Tommy é um cão amoroso que acabamos de adotar.
Tem cerca de 2 anos e infelizmente vivia num canil, onde era muito bem tratado por cerca de 60 voluntários, que o passeavam e enchiam de mimos.
Ainda assim, por muito bem tratado que possa ser num canil, nada se compara ao aconchego de ter uma família. Pelo meu lado, procurava um novo amigo que fizesse companhia e ensinasse os miúdos a assumir responsabilidades.
Já tinha perdido a conta às vezes que eles pediam um cão. Nos aniversários, no Natal e sempre que lhes perguntávamos que presente queriam.
Chegou finalmente a hora de realizar este sonho. Deles e meu.
Resolvemos adotar um cão que procurasse uma família. Encontrámos O Tommy, um cão meigo, amigo de crianças e com imensa energia.
Se tem todas estas qualidades também tem o seu senão. Cão de canil, não está habituado a ir à rua fazer as necessidades. Um desafio, educar um cão com 2 anos.
O Tommy além de meigo demonstrou ser muito inteligente e rápido na aprendizagem. Ao fim de uma hora os miúdos já lhe tinham ensinado a sentar e a dar a pata. Começámos por o levar muitas vezes à rua para se habituar a fazer os xixis e cocós fora de casa. Se nas duas primeiras noites nos deixou um xixi em casa, na terceira noite já conseguiu guardar tudo para o primeiro passeio do dia!
Ainda estamos em processo de adaptação. Sei que nem tudo serão rosas. Ou serão, mas com espinhos. Mas estou preparada para repetir os ensinamentos uma e outra vez, até o meigo Tommy dominar as regras de bom comportamento. Até vos digo, pela amostra, é mais fácil ensinar este cão a portar-se bem do que aos meus filhos!
Uma questão, adivinhem quem fica mais rapidamente sem energia, o Tommy ou os meus 3 filhos?
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