27 de maio de 2013

Por aqui e por ali #1

8h00 da manhã. O metro está cheio. Fico espantada com o número de pessoas que estão com os óculos escuros postos. Estou a falar do metro subterrâneo, aquela carruagem escura que anda debaixo da terra...
Por mim, cada um que faça como entender. Mas cá para mim, as pessoas são estranhas...

25 de maio de 2013

Sugestões de Fim de semana

Este fim de semana de sol presta-se a passeios ao ar livre, actividades culturais e divertimento em família.
Aqui ficam as minhas sugestões.

Feira do livro de Lisboa


A Feira do Livro de Lisboa já abriu as suas portas. Aproveite as sessões de autógrafos, os Livros do Dia e as actividades infantis.







Coolares Market



O Coolares Market fica numa quinta centenária no Pé da Serra, na Serra de Sintra, a caminho do Cabo da Roca. Este fim de semana acontece um mercado especial em parceria com a bloguer Maria Guedes do Stylista no sábado e um mercado vintage e 2ª mão no domingo.

Compras inigualáveis, passeios, espaço lounge e goumet. Um espaço único a visitar.

21 de maio de 2013

Miguel Esteves Cardoso: A invasão que aí vem


No PÚBLICO.pt de ontem dá-se conta de uma reportagem da LUSA sobre o protesto dos pequenos produtores da aldeia transmontana de Duas Igrejas contra a nova lei das sementes que está quase a ser aprovada pelo Parlamento Europeu. Falam por todas as sementes, todas as hortas, todos os agricultores e, sobretudo, pela economia e cultura portuguesas. A lei das sementes - que proíbe, regulamentando, a milenária troca de sementes entre produtores - é pior do que uma invasão francesa de Napoleão. É uma invasão fascista que quer queimar a terra para preparar a incursão das agro-corporações multinacionais (como a gigantesca e sinistra Monsanto) que virão patentear as sementes que são nossas há que séculos, obrigando-nos depois a pagar-lhes direitos de autor, só por serem legalisticamente mais espertos. Pense-se em cada semente como uma palavra da língua portuguesa. Na nova lei colonialista das sementes é como obrigar os portugueses a sofrer a chatice e a despesa de registar tudo o que dizem, burocratizando cada conversa. Atenção: é o pior ataque à nossa cultura e economia desde que todos nascemos. Querem empobrecer-nos e tornar-nos ainda mais pobres do que somos, roubando-nos as nossas poucas riquezas para podermos passar a ter de comprá-las a empresas multinacionais que se apoderaram delas, legalmente mas sem qualquer mérito, desculpa ou escrutínio. Revoltemo-nos. Já. Faltam poucos dias antes de ser tarde de mais. E para sempre. Acorde.”

Miguel Esteves Cardoso in Público, 19 maio 2013

Assine a Petição contra a patenteação de sementes!

Satisfação vs Insatisfação

Quando hoje li esta história da Manuela não pude deixar de me lembrar de outra menina.
É uma amiga da minha filha. Foram colegas no colégio desde os 3 anos, até a minha ter de sair já no 3º ano, por não podermos pagar mais o colégio.
Esta menina não é rica. Mas é filha de pais divorciados. Pais que se dão bem, que falam um com o outro mas que disputam o seu amor, fazendo-lhe todas as vontades. Esta menina é super mimada e manda em duas casas. Quando está com a mãe, esta faz-lhe tudo o que ela quer, até deixá-la dormir sempre na sua cama. Quando está com o pai, em casa dos avós, tem 3 adultos a mimá-la e em quem mandar.
Esta menina com 8 anos passou um dia connosco nas férias. Mudou de roupa 3 vezes ao longo do dia. Casa vez que molhava um fato de banho, ia logo vestir outro seco. Quando se sentava à mesa começava logo em altos berros "odeio esta comida", "odeio esparguete!". Com dois filhos mais pequenos sentados à mesa, tive de lhe explicar que não se diz que se odeia a comida. Se não quer comer só tem de dizer que não quer que eu não obrigo. Os mais pequenos não podem ouvir essas coisas porque senão também eles vão repetir. Depois expliquei-lhe calmamente que não percebia como ela não gostava de esparguete, pois todas as crianças adoravam esparguete. Deviam ver a cara de espanto dela, "é verdade que todas as crianças adoram esparguete?". Eu acho que ela nunca tinha provado esparguete na vida! A mãe diz que ela só gosta de hamburguers e batata frita e pelos vistos todos lhe fazem a vontade e é tudo o que come na vida!
A história da Manuela fez-me lembrar também este episódio, pois quanto mais damos aos filhos, mais eles ficam insatisfeitos. Eu gosto de ensinar aos meus a darem valor ao que têm e a serem felizes por isso.
Vai haver sempre mais coisas que não temos, do que as que temos, se isso nos causar infelicidade iremos sempre ser muito infelizes.
Eu prefiro ensinar a felicidade por estarmos juntos, por sermos uma família e por termos amigos!

20 de maio de 2013

Pesadelo de Domingo à tarde... com continuação segunda de manhã...

É o que acontece quando se apanha um grande susto, uma grande preocupação.
Temos uma enorme descarga de adrenalina para conseguirmos aguentar o choque, a pressão. Para conseguirmos resolver os grandes problemas.
No momento deixamos de ter frio, fome ou sono. Temos energia de sobra para nos dedicarmos à nossa preocupação. Estamos à altura de tudo o que no seja solicitado. É aquela velha expressão "fui buscar forças não sei bem onde". É à adrenalina. Perante um perigo, põe-nos o coração a bater mais rápido, em modo de sobrevivência. Retira-nos todas as outras sensações para todas as nossas energias e concentrarem na sobrevivência, nesta caso na saúde de um filho.
O pior é depois. O nível de adrenalina baixa abruptamente na corrente sanguínea. O nível de glicose que gastámos anteriormente caí para níveis mínimos. Começam as dores. Ontem quando cheguei a casa, sentia um aperto no coração, uma pressão.
Hoje, os meus intestinos estão numa lástima. O meu estômago grita por socorro. O pequeno almoço já foi rejeitado de rajada. Sinto frio, dores de cabeça. Nem o chá com açúcar me anima.
Agora vou ver se consigo aguentar um pouco de arroz cá dentro. Logo se verá como será a tarde.
Aí! Dói-me tudo!
Só me consola saber que a miúda está bem. Dedo cosido, braço ao peito mas bem disposta e com história para contar na escola!

Pesadelo de Domingo à Tarde


Era uma pacata tarde de domingo em família.
Tinha ido buscar a minha avó para estar com os bisnetos. Eu estava na cozinha de volta dos tachos.
A mais velha fazia os trabalhos de casa na sala, com o pai e explicar-lhe a matéria. A bisavó assistia. Os mais pequenos brincavam no quarto.
O quente sol da tarde envolvia a cozinha numa luz magnífica.

Podia acabar por aqui. Mas não. A miúda entra da cozinha para me dar um recado da bisavó.
De repente começa a gritar. Largo a faca que tinha na mão, passo as mãos por água e vou em seu socorro.
Tinhas as mãos cobertas de sangue! Muito sangue! - O que aconteceu? Perguntava. Só gritava de susto e de dor (?). Levei-a até ao lavatório e passei água pelas mãos. Tinha de perceber o que se passava.
A água enxaguou o sangue e vi-o. Um corte enorme, na base do polegar, mesmo na articulação. Merda! (desculpem-me a expressão, mas há alturas que esta palavra se torna necessária). Aquilo não era bom. Um corte profundo numa articulação é um ferimento grave. A minha experiência de socorrista gritou-me: para o hospital! E a minha voz correspondeu ao apelo.
O pai achou que eu estava a ter um ataque de histeria. - Acalma-te, assim enervas a miúda. - Vamos pôr água para estancar o sangue.
Não se põe água para estancar o sangue, a água só provoca mais hemorragia. - Compressão manual directa e hospital, o mais rapidamente possível, gritei.
A bisavó, que está cega dos dois olhos dizia: - Não, ponham água oxigenada para parar de sangrar!
- Não hospital já! Não se põe nunca água oxigenada nas feridas, muito menos em caso de hemorragia.
O pai lá continua que quando socorro outras pessoas não me ponho a gritar. Pois não, mas também não tenho de discutir com familiares a necessidade de ir com urgência para o hospital.
Quem me dera não perceber o que se estava a passar. As articulações são dos locais mais frágeis do nosso corpo. Em cada uma passa uma veia, uma artéria, um nervo e um tendão. O risco de cortar uma destas coisas é muito grande. O meu maior medo era se o tensão estava cortado.
Lá fomos para o hospital. O pai a conduzir, a miúda na cadeira dela sem cinto, eu sentada aos seus pés (sem cinto, claro) agarrada à sua mão, onde tinha posto papel higiénico entre os dedos e a fechava com toda a força.
Em caso de hemorragia o que se deve fazer sempre é Compressão Manual Directa, colocar um pano limpo em cima do ferimento e fazer força, comprimir, com a nossa mão o sítio da ferida. Deste modo, o sangue deixa de sair, pois deixa de ter por onde. O orifício de saída fica bloqueado pelo socorrista. O pano é apenas retirado no hospital.
As mulheres são multifacetadas, habituadas ao multi-tasking (execução de inúmeras tarefas em simultâneo). A caminho do hospital liguei para a Linha Saúde 24 (808 24 24 24). Ligo sempre. Normalmente para ter a confirmação do  que já sei, mas também para enviarem o belo fax para o hospital.
Respondi a meia dúzia de perguntar e a enfermeira confirmou: - Continue a pressionar os dedos fechados como está a fazer e vá para o hospital. Vou já enviar o fax.
À chegada a S. Francisco Xavier começa novo filme. Entro directamente para a triagem, com uma criança com uma hemorragia numa mão. Avisam-me que não pode ser triada sem fazer ficha. Explico que foi um acidente que a criança está com uma hemorragia. A enfermeira insiste que tenho de ir fazer a ficha. Explico que já o pai já foi fazer a ficha e manda-me sentar, sem olhar sequer para a mão da miúda. Começa a triar outra criança em situação de doença e não de acidente. Vou tentar agilizar a ficha. Levo a miúda de 9 anos ao colo, continuando a pressionar os seus dedos, para estancar a hemorragia. Vejo o pai a tentar estacionar o carro do lado de fora do hospital, como lhe mandaram fazer. Peço-lhe ajuda para fazer a ficha.
Com os cortes nos serviços o hospital S. Francisco Xavier já não tem inscrição na Pediatria, fecharam este serviço administrativo. Agora fazem-se as inscrições na Obstetrícia que fica na porta ao lado. Fui para lá com a miúda. Não estava ninguém para fazer a inscrição. Gritei para dentro do guiché a dizer que tinha uma criança com uma hemorragia. Não apareceu ninguém. Apenas consegui a atenção de todos os que estavam na sala de espera do serviço.
Finalmente entra  o pai. Digo-lhe que tem de fazer a ficha pois recusam-se a olhar para a miúda sem ter ficha. Volto para a pediatria. À entrada da triagem encontro uma pediatra a quem explico a situação. Volta a dizer que não a pode ver sem ter ficha. Querem lá ver que uma pessoa se pode esvair em sangue numa urgência hospitalar que ninguém a vê se a m**** da ficha não estiver feita?
Sento-me na triagem e a enfermeira lá se digna a olhar para o dedo da miúda pois já tinha acabado de triar a situação de doença anterior.
Nisto chega o pai que explica que finalmente apareceu alguém nas inscrições da Obstetrícia que lhe indicou que temos de levar a miúda para a urgência de adultos pois tem de ser vista pela cirurgia. Será que as incompetentes das pediatra e enfermeira da Pediatria não nos podiam já ter dito isso e encaminhado para o dito serviço? Não, ficaram a fazer a birra da ficha. “Sem ficha não podemos fazer nada”, nem olhar para uma situação de emergência!
A minha vontade é voltar lá hoje e fazer queixa desta gente. Mas depois fico a pensar, com 3 filhos sou cliente assídua deste serviço, não quero ficar na lista negra e da próxima vez ser (ainda mais) mal tratada.
Lá vamos nós para o serviço de urgência de adultos. Felizmente era tarde de futebol e tudo estava calmo. Sim, para quem não sabe fique a saber: está provado estatisticamente que as pessoas não sofrem de situações de emergência durante os jogos de futebol. Pelo contrário, logo que estes terminam há uma afluência aos serviços de urgência de situações recentes, semi-recentes e do dia anterior.
Finalmente uma triagem a sério. A muito custo tentam tirar o papel higiénico do dedo da miúda para substituir por gaze esterilizada. Ela recusa-se. Tem mais medo de médicos, enfermeiros e hospitais do que de qualquer outra coisa. Lá aceita ser ela a tirar o papel. Com muita paciência este enfermeiro consegue ver-lhe o dedo. Não consegue que mexa o polegar. Eu acho que é por medo. Mas também pode ser por corte de tendão… O enfermeiro telefona ao cirurgião plástico. Em caso de corte de tendão será com ele, em caso de menor gravidade pequena cirurgia. O cirurgião plástico indica-lhe que nos devemos dirigir à pequena cirurgia que ele mesmo lá irá observá-la.
Lá chegados ele observa-a com imensa paciência. Ela chora, não quer mostrar, diz-lhe que lhe dói e só pergunta o que lhe vão fazer. Morre de medo do desconhecido!
Aos pouco lá ganha a confiança da miúda, consegue ver o dedo e a muito custo consegue que ela o mexa um milímetro  Ainda assim, já é suficiente para excluir o corte de tendão. Ufa! Que alívio! O pior que poderia ter acontecido não se confirma! Toca-lhe dum lado e doutro da ponta do dedo. Ela sente. Exclui também o corte de nervo. Outra boa notícia! Já só falta suturar o dedo.
Para suturar o dedo deveria ser alguém da pequena cirurgia. Por sorte dela, é tarde de futebol e a enfermeira indica ao cirurgião plástico que os outros colegas estão “lá em cima”. Ele resolve pôr as mãos na massa e ser ele a tratar a miúda, para não a deixar à espera dos colegas que assistiam ao jogo de futebol . Ia ser suturada por um cirurgião plástico.
Mais fácil de dizer do que fazer. Ela não se quer deitar, quer  ver o que lhe vão fazer. Está com muitas dores e ainda mais medo. Lá nos esmeramos todos, mãe, enfermeira e médico e lá a conseguimos deitar. Explicam-lhe que vão ver e tratar o dedo. Mas ela quer saber exactamente o QUE LHE VÃO FAZER? Quer ver todos os instrumentos… Lá se deita e o médico desinfecta o dedo e a mão e começa a dar a anestesia explicando que vai sentir uma picada e depois não sente mais nada. Ela sente a picada e ainda fica com mais medo. Do outro lado da cortina os retirados ao futebol, suturam a testa de um bebé. O médico explica-lhe que não pode chorar que assusta o bebé. Indica-lhe que se lhe doer só tem de levantar a outra mão. Ela quer saber:  - E se eu levantar a mão, o que é que vocês fazem? A resposta – Paramos! acalma-a e dá-lhe confiança. Lá se deixa tratar, agarrando a minha mão com muita força. Recebe vários pontos, nem contei. Estava mais preocupada com o bem estar dela. Não teve dor nenhuma, nem sentiu os pontos. Olhou para o dedo antes de lhe colocarem o penso.

Lá saímos e ficamos à espera que o pai nos vá buscar.

17 de maio de 2013

Regresso ao Inverno


Hoje estou assim.
Voltei a usar a roupa de inverno que pensava estar arrumada até Outubro.
Depois de ontem passar um frio imenso, enregelar e ficar com dores de garganta, voltei a usar botas e sobretudo. Vamos ver se não volto a pôr o gorro!

16 de maio de 2013

Sandálias Zara


Estas são as sandálias da Zara que me seduziram nesta coleção.
Altas, elegantes e confortáveis!
Só não me consigo decidir entre as azuis e as coral.
Quais as vossas preferidas?

15 de maio de 2013

Angelina Jolie faz mastectomia dupla



Hoje tiro o chapéu a Angelina Jolie.
Por ser uma mulher belíssima, sexy, generosa, de uma enorme humanidade.
Hoje especialmente por ter tornado público que se submeteu a uma mastectomia dupla para prevenir o cancro da mama.
A sua mãe morreu cedo vítima de um cancro nos ovários. Angelina fez análises que detectaram alterações genéticas responsáveis pelo desenvolvimento de um cancro. Angelina antecipou-se, removeu ambas as mamas (é este o nome científico correcto) e reconstruiu o seu corpo!
É a mesma pessoa mas agora ainda mais digna da minha admiração!

Dia Internacional da Família

Hoje é o Dia internacional da Família.
Esta é (quase) a minha família. Não temos o cão, apesar de os meus filhos o pedirem nos anos, no Natal e sempre que possam ter direito a uma prenda.
Somos muitos, falamos alto, todos ao mesmo tempo. Todos querem fazer-se ouvir e não é fácil.
Mas há muitos afectos. Muitos beijos, muitos mimos. À noite aninham-se em cima de nós no sofá, como uma ninhada de cachorrinhos.
Nem sempre é fácil mas é sempre muito bom.
Obrigada família por alegrarem os meus dias!

Saudades de Amesterdão


Hoje a equipa do Benfica está hospedada no hotel Hilton de Amesterdão.
Faz-me recordar a minha estadia neste mesmo hotel, há uns quantos anos a trás. Tantos! Sei lá quantos. Uns 15 anos ou por aí.
Hoje não me hospedo no Hilton, nem em outro Hotel.
Nessa altura também não o fiz a título particular mas profissional. Passei uns dias fantásticos, com muito trabalho mas muita diversão também. Na época de ouro das dot com, trabalhava-se muito mas divertia-mo-nos mais. Era parte do "job description". Tínhamos de trabalhar imenso, apresentar resultados mas divertir-mo-nos em dose equivalente. A hierarquia estava sempre a perguntar: Are you having Fun? e aí de nós que não estivéssemos. Só assim se conseguiam os resultados que nós conseguiamos. Era trabalhar 24 horas por dia, mas com muita diversão pelo meio.
Saudades? Algumas...
Tenho saudades da pressão dos resultados, da interacção com os colegas e ainda mais do ambiente multi-cultural onde vivia. Trabalhava diariamente com pessoas dos quatro cantos da Europa. Comunicava em inglês, espanhol e em algum português!
Foi uma fase muito boa. Aprendi muito. Absorvi tudo o que podia. Aproveitei cada minuto de interação com pessoas diferentes de mim, cada viagem, cada reunião. Sabia que não ia durar sempre e aproveitei o mais que podia.
Hoje, se sou quem sou, também a esta fase o devo. Também o devo à minha sede de aprendizagem, o querer saber sempre mais. A eterna inconformidade de sentir que "nada sei".
Bons tempos, colegas fantásticos! Muito trabalho e muito divertimento!

7 de maio de 2013

Um pouco de chuva com cheiro de terra molhada

Dia quente. Abafado. Caem uns pingos grossos. Nem chega a molhar a terra. Logo emana numa nuvem de aroma. "Um pouco de chuva com cheiro de terra molhada..." e logo começo a ouvir a bela canção da Bethania, dentro da minha cabeça. Este cheiro doce, que nos envolve nos dias de verão em que cai chuva no solo quente.


3 de maio de 2013

É sempre bom recordar

É bom recordar que este blog está aberto a quem tenha ideias diferentes da sua autora.
Os comentários com ideias contrárias são publicados. No entanto, não são tolerados comentários com linguagem imprópria, ofensas e agressões.

Este é um blog de uma mulher normal, com problemas como toda a gente, mas FELIZ!

2 de maio de 2013

Miguel Esteves Cardoso: Ninguém tem pena das pessoas felizes


Ninguém tem pena das pessoas felizes

Os Portugueses adoram ter angústias, inseguranças, dúvidas existenciais dilacerantes, porque é isso que funciona na nossa sociedade.
As pessoas com problemas são sempre mais interessantes. Nós, os tontos, não temos interesse nenhum porque somos felizes. Somos felizes, somos tontaços, não podemos ter graça nem salvação. Muitos felizardos (a própria palavra tem um soar repelente, rimador de «javardo») vêem-se obrigados a fingir a dor que deveras não sentem, só para poderem «brincar» com os outros meninos.

É assim. Chega um infeliz ao pé de nós e diz que não sabe se há-de ir beber uma cerveja ou matar-se. E pergunta, depois de ter feito o inventário das tristezas das últimas 24 horas: «E tu? Sempre bem disposto, não?». O que é que se pode responder? Apetece mentir e dizer que nos morreu uma avó, que nos atraiçoou uma namorada, que nos atropelaram a cadelinha ali na estrada de Sines.

E, no entanto, as pessoas felizes também sofrem muito. Sofrem, sobretudo, de «culpa». Se elas estão felizes, rodeadas de pessoas tristes, é lógico que pensem que há ali qualquer coisa que não bate certo. As infelizes acusam sempre os felizes de terem a culpa. É como a polícia que vai à procura de quem roubou as jóias e chega à taberna e prende o meliante com ar mais bem disposto.

Em Portugal, se alguém se mostra feliz é logo suspeito de tudo e mais alguma coisa. «Julgas que é por acaso que aquele marmanjo anda tão bem disposto?», diz o espertalhão para outro macambúzio. É normal andar muito em baixo, mas há gato se alguém andar nem que seja só um bocadinho «em cima». Pensam logo que é «em cima» de alguém.

Ser feliz no meio de muita gente infeliz é como ser muito rico no meio de um bairro-de-lata. Só sabe bem a quem for perverso.
Infelizmente, a felicidade não é contagiosa. A alegria, sim, e a boa disposição, talvez, mas a felicidade, jamais.

Porque a felicidade não pode ser partilhada, não pode ser explicada, não tem propriamente razão.
Não se pode rir em Portugal sem que pensem que se está a rir de alguém ou de qualquer coisa. Um sorriso que se sorria a uma pessoa desconhecida, só para desabafar, é imediatamente mal interpretado. Em Portugal, as pessoas felizes sofrem de ser confundidas com as pessoas contentes.

Miguel Esteves Cardoso, in 'Os Meus Problemas

1 de maio de 2013

Dia do Trabalhador

Neste dia 1 de Maio sinto aquela nostalgia de já não ser trabalhadora. Sim. Trabalhadora. Daquelas que têm salário . E têm de cumprir horário. Das que têm subsídios que podem ser cortados.
Enquanto uns se manifestam contra os cortes de regalias eu aqui fico, a desejar voltar a ter trabalho. Daquele que paga salário.
Trabalho tenho muito, mas sem salário e esse não conta.
Aí que saudades de ter trabalho!
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...