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16 de dezembro de 2012

Massacre em escola nos Estados Unidos



Quando parece que  já não há notícias que nos possam chocar vem mais uma. Um jovem de 20 anos matou a mãe e mais 26 pessoas numa escola do Connecticut nos Estados Unidos. As vítimas são 20 crianças com menos de 10 anos e 6 professores e funcionários da escola.
É o segundo maior massacre de sempre numa escola dos Estados Unidos, a seguir ao massacre de Columbine.

Não se conhecem os motivos que possam ter levado a este trágico desfecho. Os Estados Unidos encontram-se mais uma vez confrontados com o resultado das armas serem legais, toda a gente ter armas em casa e várias vezes terem sido usadas por crianças e jovens para actos de violência.

Todos os jovens têm momentos violentos. Os meus doces filhos mais novos também têm os seus. Dão com um carrinho na cabeça do irmão. Quais os seus motivos para isso? Nenhuns, em especial. Zangam-se, experienciam a raiva e a vontade de vingança. Sentimentos normais em crianças que ao crescerem aprendem a controlar estes impulsos. Não quero nem imaginar um momentos destes com armas por perto. Qualquer momento de raiva, de desejo de vingança se poderia traduzir numa tragédia.

O que quero dizer, é que não é preciso procurar motivos muito sérios para estes desfechos dramáticos aconteçam. Basta ter armas à disposição de crianças e jovens. Os jovens têm emoções violentas: amam assoberbadamente, odeiam com todas as suas forças, desejam a morte aos seus rivais, dão a vida por um amigo, odeiam-no no dia seguinte. Esta montanha russa de emoções é normal, por muito que custe aos pais de adolescentes.

A questão é o que pode ocorrer durante estas alterações emocionais, quando os jovens têm acesso a armas de fogo. Em vez de esmurrarem o rival, em vez de cometerem bullying na escola, podem pegar nas armas e matar dezenas de pessoas.

O problema é que a constituição dos Estados Unidos, mais propriamente na Segunda Emenda, consagra o direito ao uso de armas de fogo por qualquer cidadão. Este país foi construído à lei da bala e assim continua. Mesmo depois de muitas tentativas para alterar esta lei, não tem sido possível graças ao poder económico e político dos fabricantes de armas.

Enquanto cada cidadão americano puder ter armas em casa, iremos continuar a assistir a estes finais infelizes.

6 comentários:

  1. Eu cresci num liceu onde as armas brancas eram uma constante, onde cenas de facada eram "comuns", onde se sabia que a dado dia da semana ás tantas horas ia haver confronto entre a malta do sitio X e a malta do sitio Y. Não era bom. Quando cheguei á altura de mudar de liceu, não quis ir para um mais perto de casa por causa da droga que rolava livre por lá, e fui para outro mais longe onde durante o meu primeiro ano lá cheguei a ser ameaçada de ser esfaqueada. Durante algumas semanas pedia a amigos meus de fora do liceu que me fossem esperar á saída das aulas, para não ser apanhada sozinha. A juventude tem uma necessidade enorme de extravasar de facto as suas emoções, positivas ou negativas, mas eu não me acredito que os casos que se passam nos EUA se cinjam a uma politica aberta ás armas de fogo, eu acho que o mal está mais fundo... foi horrivel, foi chocante, principalmente por envolver crianças pequenas, mas não foi único. Na China aconteceu algo identico no mesmo dia.
    http://fashionfauxpas-mintjulep.blogspot.com

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    1. Realmente é horrível e para quem é mãe, ou pai, não conseguimos deixar de pensar "e se fosse com um dos nossos?"

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  2. não imagino um motivo para tal maldade!
    cada criança morreu com pelo menos 3 tiros!
    gente doida e má!

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  3. Mais um massacre deste tipo nos EUA e tudo à custa da maldita lei que os permite ter acesso a armas tão facilmente. Não compreendo como ainda não tomaram medidas para controlar isto, quanto mais massacres terão que acontecer...

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    1. Esperemos que tenham a coragem política de alterar as coisas...

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