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18 de abril de 2016

Ser educador de infância

Li este post da Kiki e não pude deixar de responder.

Não suporto os sorrisos de condescendência ou compaixão para com as educadoras de infância.

Infelizmente ainda há quem as veja como as que tomam conta dos filhos. Uma educadora de infância não é uma babysitter. Estudou pedagogia. Conhece técnicas e métodos de estimular o desenvolvimento de competências chave em idades precoces.

São as primeiras a ajudar os nossos filhos na socialização, saber estar em grupo, não descurando o desenvolvimento de competências linguísticas, matemáticas, assim como da motricidade.

Se já reconhecemos o valor de uma boa professora primária, está na altura de reconhecermos a importância de um bom profissional no pré-escolar. Infelizmente ainda há crianças que não frequentam o ensino pré-escolar e entram diretamente no primeiro ciclo (antiga primária). Só posso dizer que se notam as diferenças nestas crianças.

Um bom pré-escolar é quase um pré-requisito para um bom primeiro ciclo. Falo tanto da facilidade de aprendizagem do português, da matemática e do estudo do meio, como da própria adaptação à sala de aula, à turma, à horas das refeições e até ao recreio.

Dito isto, quando alguém me diz que é educadora de infância, os meus olhos ficam (ainda) mais abertos e esboço um sorriso. Um enorme sorriso de admiração.

Por EU não ter paciência para aturar 25 crianças e ADMIRAR quem não só consegue, como dedica a sua vida a DESENVOLVER crianças em idades precoces.

Eu dou um enorme sorriso de admiração a todas e todos os educadores de infância que fazem este importante trabalho e que eu, reduzindo-me à minha insignificância, tenho de confessar que não seria capaz de fazer!

Tenho uma grande admiração pelos educadores de infância e reconheço a sua importância na estimulação e desenvolvimento de competências nos meus filhos.

6 comentários:

  1. Tenho uma admiração imensa pelas Educadoras de Infância. Confesso que o sentimento passou a existir depois da minha filha nascer e ir para a creche.

    Antes, nem pensava muito na profissão. Antes, não pensava muito em crianças embora sempre tenha sentido interesse pelo tema da educação.

    Eu (garantidamente) teria dificuldade em ficar em casa a tomar conta dos filhos, não me sinto com capacidade ou vocação para tal e admiro imenso quem tem a capacidade de educar várias crianças ao mesmo tempo, com dedicação e competência.

    A primeira educadora da minha filha foi uma freira que deve ser mais ou menos da minha idade e, depois de a conhecer, fiquei encantada com o trabalho dela. É um dos trabalhos mais bonitos que existe. A forma como ela se envolve e cativa as crianças sendo, ao mesmo tempo, assertiva e eficaz, é brilhante. O amor e dedicação que coloca no que faz é mais do que comovente, é exemplar.

    E o mesmo em relação às auxiliares. A forma como a minha filha olha para as pessoas que tomam conta dela na creche enche-me o coração e faz-me abençoar cada euro que pago de mensalidade no colégio. Há pouca coisa que se compare ao trabalho de quem cuida diariamente dos nossos filhos. Tenho o maior carinho e respeito pelos educadores de infância.

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    1. É verdade purpurina.
      As educadoras de infância marcam o nosso coração para sempre.

      Hoje, com mais de quarenta anos ainda me lembro do primeiro dia de escola em que conheci a minha primeira (e única) educadora de infância. Tinha três anos e ainda estou a ver os meus pais a apresentarem-me. "Esta é a Zé, a tua professora".

      A Zé ainda está no meu coração. Um grande beijinho para a Zé que esteja a ler e que possa ter sido a minha educadora!

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  2. Sou Educadora de Infância e foi, por isso, com muito agrado que li o seu post. De facto, há ainda muito a fazer para a dignificação desta profissão tão bonita, não só pela importância que tem por tudo aquilo que indica, como também pela oportunidade ótima que é de partilha e relação com os Pais. Não há ciclo de ensino onde o contacto seja mais próximo que o Pré-Escolar e isso pode e deve ser valorizado, servindo de "ponte" para educar também os Pais acerca do que fazemos, porque fazemos e com que intenção fazemos...
    Gostei muito do post.
    Obrigada,

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    1. Obrigada Paula.
      Disse uma grande verdade entre os pais e educadores de infância há imensa partilha e em conjunto consegue-se fazer mais pelas crianças. É à educadora que dizemos que a criança não passou bem a noite para a vigiar nesse dia. A educadora é normalmente a primeira a notar sintomas que a nossa criança está a adoecer. Há realmente uma enorme partilha entre pais e educadores.

      Parabéns Paula pelo trabalho que faz.
      Todas as profissões devem ser úteis à sociedade mas a dos educadores de infância é das mais importantes para o desenvolvimento saudável da sociedade.

      Beijinhos,
      Paula

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  3. Pois devo dizer-te que era a minha profissão de sonho, mas trabalhando com crianças do ensino especial...admiro-as tanto, tanto.

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  4. Olá "Maria do Mundo"... Sou Educadora de Infância e estou, há 2 anos, na Educação Especial. Estou a gostar bastante da experiência, se bem que neste grupo curricular não se trabalhe diretamente só com crianças, mas com alunos de todos os ciclos. É fazer dos afetos, o centro, mais uma vez e colocar as aprendizagens mais formais num cantinho mais à parte...
    Um beijinho!!

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