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26 de abril de 2016

Conversas lá de casa #20

Filho mais novo para mim:
- Mamã, quando for grande vou fazer tatuagens.
- Vais? Tens a certeza? Depois não vais conseguir tirá-las. Atiro, sem saber muito bem como convencer um miúdo de sete anos tão determinado.
- Mamã, posso tirar se fizer uma operação. Tiro a pele.
- E depois ficas sem pele? Ficas com feridas!
- Vou fazer tatuagens no pescoço e nas mãos!
- Não! (Agir vais ter de te ver comigo!) Faz tatuagens nas partes do corpo que fiquem tapadas pela roupa, nunca, nunca num sítio à vista. Caso contrário não arranjas emprego!
Aqui já estava a ir atrás do prejuízo...

4 comentários:

  1. É bem triste que em 2016 ainda haja quem meça o valor e a capacidade profissional de quem quer que seja pelas tatuagens que têm ou não á vista. Mas isso demonstra bem a pequenez mental deste país, quando vivi no RU ia muito a um determinado banco onde trabalhava ao balcão um jovem com várias tatuagens - algumas visiveis! espante-se - e com cabelos longos, era uma simpatia, eficiente, um excelente profissional e extremamente educado. As mentalidades é que são uma pena, por cá.
    https://bloglairdutemps.blogspot.pt/

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    1. Tens muita razão Miranda.
      Infelizmente vivemos numa sociedade que faz juízos de valor sobre as pessoas baseados apenas no aspeto exterior e não no que interessa: competência, eficiência, simpatia e carater!

      É para esta sociedade triste que tenho de o preparar.

      Mas tenho a certeza que vai ser o bom rebelde (já é), não vai seguir as convenções sociais e vai fazer sempre o que lhe der na gana desde que não prejudique ninguém!

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Digam de vossa justiça!