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30 de março de 2016

O Atlas Gastronómico


Quando comemos, viajamos. Começa assim esta gloriosa viagem às mais importantes cozinhas de todo o mundo, narrada por Mina Holland. A editora do Guardian foi da Índia às Caraíbas, da Escandinávia à Coreia, à procura dos melhores pratos, restaurantes e vinhos. Trouxe mais de cem receitas, desde o ceviche peruano, ao dream cake dinamarquês. E esmerou-se nos condimentos: textos de grandes escritores, como Mario Vargas Llosa, Arundhati Roy, ou o nosso Saramago, emprestam um sabor requintado às histórias que nos vai contando.

Porque associamos os bifes à cozinha argentina? Que papel tiveram os Maias na descoberta do chocolate?

As viagens são sempre regadas por vinhos de eleição (dos franceses aos neozelandeses) e acompanhadas dos pratos tradicionais de cada região (a tortilha espanhola, o caril de legumes tailandês); mas as receitas, essas são quase sempre de chef, desde o Gaspacho andaluz, na versão de José Pizarro, à Açorda de Bacalhau à Alentejana, com assinatura de Nuno Mendes.

São 39 cozinhas internacionais polvilhadas de conselhos práticos (onde comprar os ingredientes exóticos, por exemplo), e muitas histórias. Depois deste livro nunca mais verá Banguecoque da mesma maneira, e vai começar a pensar seriamente numa viagem à Austrália. Porque, se comer é mesmo viajar, este atlas vai-lhe proporcionar várias voltas ao mundo – e sabe tão bem tê-lo à mesa-de-cabeceira, como na bancada da cozinha.

À venda nas (boas) livrarias e aqui.

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