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31 de março de 2016

Portugueses em Andorra contaminados pelas águas


Tenho estado a pensar se devo ou não publicar isto.
Por um lado não quero alarmar ninguém, mas por outro vejo que as autoridades não estão a tentar prevenir que a situação se propague.

É verdade que não é muito grave, isto é, não morreu ninguém. Se alguém tivesse morrido até as televisões estariam a fazer a cobertura. Por outro lado, crianças hospitalizadas com sinais severos de desidratação é grave o suficiente para lançar um alerta de saúde pública.

As crianças estão em férias da Páscoa. Centenas de portugueses estão a gozar férias de neve em Andorra. Vão em família, adultos e crianças, tios, primos e muitos amigos.

Ontem começaram com vómitos e diarreia. Um, outro e mais outro. Primeiro pensam ter comido alguma coisa que lhes fez mal. Rapidamente se apercebem que está a acontecer o mesmo aos amigos que estão em hotéis diferentes. Nas aulas de ski das crianças metade não comparece na estância. Falam uns com os outros. Acham estranho. Falam com os residentes em Andorra, muitos deles também portugueses.

Rapidamente descobrem o que se passa. As águas estão contaminadas! Este ano o degelo começou mais cedo e contaminou as águas da rede pública. Como não estavam à espera do degelo nesta altura do ano, as águas não foram tratadas.

Resultado, centenas de turistas contaminados, a maioria portugueses. Muitos são crianças.

Na urgência do hospital a maioria são portugueses. Vírus? Bactérias? Não se conhecem as causas da contaminação. O mais grave é as autoridades de Andorra nada fazerem para prevenir mais contaminações.

O Turismo de Andorra e as agências de viagens que conhecem o problema abafaram o caso. Nós portugueses sabemos o que é viver do turismo e não o querer beliscar em plena época alta. Mas a saúde dos turistas merece estar primeiro.

E ao fim e ao cabo, bastaria avisar todos os turistas para que não bebam água da torneira, enquanto não resolvem na totalidade o problema da contaminação da água. Esta é uma medida de prevenção muito fácil que adotamos facilmente quando viajamos para os trópicos. Não esperamos encontrar este problema em plena Europa, nem tão perto de casa.

Neste momento somos forçados a recordar que não estamos num país da União Europeia. Aqui não se aplicam as diretivas e demais legislação europeia. E quase parece estarmos num outro mundo, no que respeita ao saneamento básico e qualidade da água da rede pública.

Pedia a todos que ajudem a divulgar este caso para forçar as autoridades de Andorra a tomarem medidas e a evitar que mais turistas sejam contaminados.

30 de março de 2016

O Atlas Gastronómico


Quando comemos, viajamos. Começa assim esta gloriosa viagem às mais importantes cozinhas de todo o mundo, narrada por Mina Holland. A editora do Guardian foi da Índia às Caraíbas, da Escandinávia à Coreia, à procura dos melhores pratos, restaurantes e vinhos. Trouxe mais de cem receitas, desde o ceviche peruano, ao dream cake dinamarquês. E esmerou-se nos condimentos: textos de grandes escritores, como Mario Vargas Llosa, Arundhati Roy, ou o nosso Saramago, emprestam um sabor requintado às histórias que nos vai contando.

Porque associamos os bifes à cozinha argentina? Que papel tiveram os Maias na descoberta do chocolate?

As viagens são sempre regadas por vinhos de eleição (dos franceses aos neozelandeses) e acompanhadas dos pratos tradicionais de cada região (a tortilha espanhola, o caril de legumes tailandês); mas as receitas, essas são quase sempre de chef, desde o Gaspacho andaluz, na versão de José Pizarro, à Açorda de Bacalhau à Alentejana, com assinatura de Nuno Mendes.

São 39 cozinhas internacionais polvilhadas de conselhos práticos (onde comprar os ingredientes exóticos, por exemplo), e muitas histórias. Depois deste livro nunca mais verá Banguecoque da mesma maneira, e vai começar a pensar seriamente numa viagem à Austrália. Porque, se comer é mesmo viajar, este atlas vai-lhe proporcionar várias voltas ao mundo – e sabe tão bem tê-lo à mesa-de-cabeceira, como na bancada da cozinha.

À venda nas (boas) livrarias e aqui.

29 de março de 2016

Cantê Lookbook SS16

Cantê Lookbook SS16

Os dias quentes estão quase aí e a  Cantê apresenta o seu lookbook para o verão 2016.

A coleção convida a uma viagem a destinos exóticos com modelos muito femininos.

Os folhos e faixas tão característicos desta marca continuam a definir esta coleção. Os padrões são florais, exóticos e coloridos. As franjas também marcam presença nesta coleção.


Cantê Lookbook SS16

Cantê Lookbook SS16

Cantê Lookbook SS16

Cantê Lookbook SS16

Cantê Lookbook SS16

Cantê Lookbook SS16

Cantê Lookbook SS16

Cantê Lookbook SS16
 Este biquini preto e rosa étnico com franjas, o meu preferido.
E para vocês, qual é o vosso preferido?


Cantê Lookbook SS16

Cantê Lookbook SS16

28 de março de 2016

Feriados estão de volta



Assinala-se hoje a reposição dos quatro feriados nacionais ausentes de celebrações nos últimos três anos.

Estes feriados foram retirados em 2013, 2014 e 2015.

Os feriados que voltam em 2016 ao calendário dos portugueses são:


  • Corpo de Deus (feriado móvel)
  • Implantação da República (5 outubro)
  • Todos os Santos (1 de novembro)
  • Restauração da Independência (1 de dezembro)
Em 2016, o corpo de Deus celebra-se a 26 de maio.


Esta é uma das medidas que mais aprecio neste governo e reciprocamente, a retirada dos feriados em 2013, uma das medidas que não perdoo ao governo da coligação PSD/ CDS.

Graças a esta nova determinação Portugal deixará de ser um dos países da União Europeia com mais horas trabalhadas anualmente, como referi aqui.

Hoje congratulo-me pelo regresso de dois marcos históricos de enorme importância para Portugal.

27 de março de 2016

Je suis Charlie, je suis Paris, je suis Brussels, je suis Paki



Eu sou tudo isto e muito mais. Na verdade o que eu sou é humanista. Acredito na humanidade, nas pessoas. Apesar de algumas terem perdido todos os resquícios de humanidade...

Acredito que todos temos o bem e o mal em nós. Que temos de aprender com os nossos pais, a nossa sociedade a respeitar os outros.

Por mim podem acreditar no que quiserem. Em Jesus, em Maomé, em Abraão. Podem acreditar no que quiserem desde que não me imponham as vossas convicções, nem os vossos costumes.

Tenho amigos em todas as religiões. Tenho amigos sem nenhuma religião. Nenhum vale mais do que outro. Nenhum é mais humano do que outro.

Podem acreditar em todos os paraísos ou infernos que quiserem. Por mim é igual. Não tenho medo de ir para nenhum inferno, pois não acredito que exista.

Infelizmente acredito que estar no inferno é ser mulher ou criança em algumas latitudes do planeta Terra. O paraíso? É ter o suficiente para viver num país seguro, com liberdade de pensamento e de ação. E com igualdade de género.

Um lugar em que cada um possa ser ele próprio. sem ser discriminado pelo seu aspeto físico, pela sua religião, género, idade ou profissão.

Todos somos diferentes. Todos somos únicos.

No fundo, acredito que todos devem ser livres de ser o que querem, desde que a sua liberdade não interfira com a liberdade dos outros.


16 de março de 2016

Sete vezes mais mortos por infeções hospitalares que por acidente de viação


"Morre-se mais sete vezes mais por infecções do que nos acidentes de viação".

Esta é uma das conclusões de um estudo da Direção Geral de Saúde. Para melhorar esta estatística, porque são as estatísticas apenas que preocupam os nossos governantes, vão atribuir-se subsídios financeiros aos hospitais que diminuírem estes índices.

Ora, se fecharem os hospitais, acabar-se-iam as mortes por infeções hospitalares. iriam aumentar as mortes por AVC, ataque cardíaco, etc. Mas as infeções hospitalares seriam seguramente eliminadas das causas de morte dos portugueses.

Esta medida é perigosa. Já estou a ver as administrações hospitalares preocupadas com os índices a vedarem a entrada no hospital aos doentes mais atreitos a infeções hospitalares: doentes com HIV; doentes imunossuprimidos, tais como os transplantados e doentes oncológicos.

É aquela velha máxima, se queres mudar o output, muda o input.
Sem admissão de doentes com maior risco de infeções hospitalares, conseguem seguramente evitar vítimas mortais pelas mesmas.

Esta medida não irá conseguir a melhoria na qualidade do tratamento hospitalar, apenas irá prejudicar os doentes mais frágeis.

8 de março de 2016

Dia da Mulher: Porque comemoramos este dia?


No dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, situada na cidade norte americana de Nova Iorque, fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho, tais como, redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho.

A manifestação foi reprimida com total violência, as mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente desumano.

Porém, somente no ano de 1910, durante uma conferência na Dinamarca, ficou decidido que o 8 de março passaria a ser o "Dia Internacional da Mulher", em homenagem as mulheres que morreram na fábrica em 1857. Mas somente no ano de 1975, através de um decreto, a data foi oficializada pela ONU (Organização das Nações Unidas).

Enquanto existirem mulheres que são vendidas pelos pais, forçadas a casar, violadas, vítimas de violência pelos seus companheiros, mortas, continuará a fazer sentido este dia.