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26 de agosto de 2015

A Bastarda de Istambul

Brutal! Um dos livros que devorei nestas férias.
A Bastarda de Istambul mostrou-me o universo do conflito armenico-turco, em que os primeiros reclamam o reconhecimento do genocídio de 1915, e os segundos o negam continuamente.
Isto, através de duas raparigas de 19 anos, uma turca e outra de origem arménia cujas histórias se cruzam de uma forma surpreendente e inesperada.

Para além dos factos históricos este livro apresenta-nos o ponto de vista dos dois lados. E tudo é tão diferente quando o vemos pelos olhos dos outros!

Elif Shafak oferece-nos uma escrita frenética, incisiva com a qual caracteriza os personagens como arquétipos da sociedade. De tal forma que este livro lhe valeu uma acusação por traição à pátria. Acusação essa que mais tarde lhe foi retirada.

Elif Shafak
Muçulmana, defensora das mulheres e das várias minorias Elif Shafak gosta de enfatizar a energia feminina porque ela foi oprimida durante demasiado tempo. Vê-se como uma pós-feminista que procura o equilíbrio entre a energia feminina e a masculina.

Adorei o livro a oportunidade de conhecer esta escritora, muito diferente do que tinha até aqui conhecido.





3 comentários:

  1. Uau! Parece uma leitura poderosa. Daquelas que, para ler, é preciso ser no momento certo.
    Aprecio bastante obras que nos abram a mente e nos apresentem outras versões, em particular as de pessoas mais diretamente envolvidas. Acho que esse mal estar e "ódio" cultural entre turcos e os arménios jamais vai ser ultrapassada. Afinal, tratou-se de um genocídio tal como os ocorridos durante o holocausto da 2ª GG.

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    1. Até o genocídio dos judeus na II Guerra Mundial está "ultrapassado".
      Os judeus não odeiam os alemães.
      O genocídio é repelido mas colocado num contexto de guerra, não transposto para a atualidade.

      É isso que os Arménios e os Turcos ainda não fizeram.
      Eu espero que o façam para as feridas poderem sarar.

      Mas o livro não é pesado. É um romance contemporâneo em que a ação ocorre em 2005.

      Experimenta que vale a pena.

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