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30 de junho de 2015

A Grécia e a Europa, trocado por miúdos


Os dias em que a Grécia deixaram a Europa em suspenso.

  • A Grécia não quer pagar o que deve (na verdade, quem quer?)
  • A Europa não empresta mais a quem não garante o pagamento (quem não faria o mesmo?)
  • Tsípras (Primeiro Ministro grego) convoca um referendo (quem não quer salvar a pele?)
  • Os gregos terão de responder SIM ou NÃO à continuidade no Euro
Baralhados?

A pergunta do referendo Grego:

"Deverá ser aceite o projeto de acordo que foi apresentado pela Comissão Europeia, o Banco Central Europeu e o Fundo Monetário Internacional no Eurogrupo de 25.06.2015 e que consiste em duas partes, que constituem a sua proposta unificada? O primeiro documento intitula-se ‘Reformas para a Conclusão do Presente Programa e Mais Além’ e o segundo ‘Análise Preliminar à Sustentabilidade da Dívida".

Isto é pergunta que se apresente?
Não se preocupem, vou trocar isto por miúdos:

-"Aceitam a austeridade imposta pela União Europeia e Fundo Monetário Internacional?"

Sim!
Significa que os gregos aceitam a austeridade, de forma a poderem pagar a dívida e continuar a receber fundos para continuarem a sua vidinha (3º Resgate).

Não!
Significa que os gregos não aceitam a austeridade, pelo que não terão como pagar a sua dívida e nem a União Europeia, nem o Fundo Monetário Internacional irão emprestar mais dinheiro.

A Grécia entrará em bancarrota, não pagará as dividas e ninguém lhes venderá nada. 
Como não são autossuficientes, haverá carências graves, fome e miséria. O mesmo que acontece em Cuba nos últimos 50 anos.

Dizem (os entendidos) que nestas circunstâncias a Grécia sairá (ou será corrida?) do Euro. 
Perderá a moeda Europeia.
Dizem (os entendidos) que será o início do fim da moeda única.

A ver vamos.

Na Grécia:

  • Tsípras (Primeiro Ministro Grego) foi eleito pela Coligação da Esquerda Radical com a promessa de dizer fim à austeridade.
  • Já disse que não aceitava a austeridade.
  • Os credores disseram que não emprestam mais dinheiro.
  • Tsípras ficou sem dinheiro para pagar pensões, salários à função pública e importar bens essenciais.
  • Se aceitar a austeridade, trai os seus eleitores
  • Se não aceitar austeridade, o seu país entra na bancarrota e o seu povo não terá o que comer.
  • Entre a espada e a parede, ou entre a sua promessa e o que terá de aceitar, o que faz?
  • Convoca um referendo! 
  • Lava as mãos da única decisão que teria de tomar.
  • Passa as responsabilidades do futuro do país para o povo grego.
  • Se o SIM ganhar, haverá austeridade, sem que tenha responsabilidade.
  • Se ganhar o NÃO (o que Tsípras defende) conseguirá o que pretende, sem que possa ser responsabilizado pelas terríveis consequências que se seguirão
Na Europa:
  • Portugal observa com apreensão o desenrolar dos acontecimentos.
  • As ondas de choque (consequências) irão ser sentidas em toda a Europa.
  • Os países Europeus mais pobres (Portugal, Espanha, Itália, Irlanda) estarão mais vulneráveis ao desmoronar da moeda única.
A Europa não está numa boa posição, mas pior está o povo grego.
A verdade é que o caminho a que levará o SIM será oposto ao que levará o NÃO.
Cabe aos gregos escolher o seu destino.





1 comentário:

Digam de vossa justiça!