Páginas

3 de dezembro de 2014

Pode ficar pior?

Vamos por ordem de prioridades. Quando estamos sem NADA não convém atirarmo-nos às compras como se não houvesse amanhã.
Convém estabelecer prioridades. Depois dos essenciais de higiene diária como escova de dentes, gel de banho, etc., é bom procurar os essenciais de roupa interior.
Lá entrei na loja Oysho antes de mais nada.
Apesar de me apetecer comprar a loja toda, centrei-me nos básicos.
Escolhi uns pacotes com artigos a contar com os vários dias. Não vá a mala não chegar rapidamente e assim já ficar preparada.
Conjuntos de cuecas, meias e um sutiã são o que uma mulher precisa para enfrentar o dia seguinte com (alguma) segurança.

Entrego o cartão multibanco para fazer o pagamento. 
- Débito por favor. 
Não passa na máquina. 
- Pode passar de novo? 
Lá voltamos a tentar. 
Volta a não passar! 
- Não há problema, pago com dinheiro. 
Felizmente levantei algum no aeroporto de Lisboa.

Mas agora o meu cartão multibanco resolve não funcionar fora de Portugal? Começo a ver o dinheiro a escassear na carteira e mudo de estratégia. Já não tento comprar roupa. O top ou camisa tem de esperar. Entro numa farmácia e compro o desodorizante mais forte que encontro. Na falta de roupa lavada estarei protegida (glup!).

É nesta fase que começas a tentar ver a situação como se estivesses de fora, a relativizar. Poderia ser pior? Poderia. Não estou doente. Não há nada de irremediável. 
- É uma enorme maçada, aborrecimento, chatice? 
- É!
- Vamos ter calma que tudo se vai resolver. É uma questão de tempo. É preciso deixar o tempo correr. Vamos lá ser pacientes. Talvez isto seja um teste à minha paciência.

Pergunta de algibeira:
Quando tudo está mal pode ficar pior?
Pode. Pode sempre ficar pior!




Chegar ao hotel, abrir as compras e descobrir que as meias saíram da loja com alarme. Que este não apitou à saída. Que não o consegues tirar.
Já tentaram tirar um alarme destes?
Eu nunca tinha tentado. Encontro estes meninos nas lojas e não tento remover alarmes. Vou à caixa, pago e alguém retira o alarme. 
Desta vez, para chatear-me (ainda mais!), fico sem bagagem, sem cartão multibanco e com meias com alarme! Tentei tirar de todas as maneiras mas aquele menino não sai. Mesmo!

Mais um teste à minha paciência. Há uns 10 anos estaria passada, a ter uma síncope. Estaria no mínimo lavada em lágrimas. Hoje, na década dos 40, estou serena. Já aprendi (à minha custa) que os ataques de nervos apesar de muito dramáticos na tela, não resolvem os problemas dos simples mortais.

Já consigo estar no meio do caos com toda a calma e tranquilidade. Consigo dizer a mim mesma: tudo se vai resolver. E o melhor de tudo é que acredito realmente nisto!

9 comentários:

  1. Também já adoptei esta postura "Já consigo estar no meio do caos com toda a calma e tranquilidade. Consigo dizer a mim mesma: tudo se vai resolver. E o melhor de tudo é que acredito realmente nisto!" - sabes, é dos 40, só pode!!!! ;)

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Só pode Carla!
      O tempo faz maravilhas.
      Se o soubermos aproveitar, tudo passa a ser mais fácil!

      Eliminar
  2. Que pesadelo! Juro que costumo ter pesadelos com essa exacta situação. Parabéns pela serenidade. Há-de tudo resolver-se rapidinho, que como dizia a avó "uma mulher nunca se atrapalha".

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Também sigo o ensinamento da minha mãe "não há nada pior que uma mulher atrapalhada".

      Eliminar
  3. E resolve-se, com dores de cabeça pelo meio, às vezes com umas palavras menos bonitas mas sim, tudo se resolva.
    Bjs

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Nany, já passei por isso, mas como disse agora prefiro passar sem a dor de cabeça, um banho de imersão e uma noite bem dormida!

      Eliminar
  4. Olha que uma vez aconteceu-me comprar uma colcha em Espanha e chegar a casa com o alarme. A solução foi martelar aquilo valentemente até destruir o alarme ;)
    Beijinhos, boa sorte!

    ResponderEliminar
  5. Também já me aconteceu comprar uma camisa na Zara, mesmo cá em Portugal, e esquecerem-se do alarme. Resolvi com um alicate de corte. Cortei o veio que atravessava a roupa e em menos de 3 tempos tinha a camisa livre e pronta a ser usada.
    Boa sorte! Tudo se resolve, com calma! Boa sorte! :-)

    ResponderEliminar

Digam de vossa justiça!