Numa familia há dias cor de rosa mas também há outros que nem por isso.
Há dias mesmo do avesso em que o imprevisto acontece.
Os miúdos andam num enorme entusiasmo com a sua nova coleção de cartas do InviZimals. Jogam com as cartas, veem o que falta. Verificam as "involuções", como SEMPRE chamam às evoluções dos seus personagens; verificam os escudos, os habitats e os demais elementos desta grande produção.
Desde que receberam as primeiras cartas que me pedem insistentemente para comprar a caderneta. O que eu própria também faço questão, para aprenderem a separar as cartas da coleção das repetidas.
Todos os dias me perguntam:
- Mamã, já compraste a caderneta?
Perguntam-me à noite, para me voltarem a perguntar de manhã. Voltam a perguntar ao final do dia.
Um destes dias, no fim do jantar, prometi que iria comprar logo a seguir.
Deixei-os à mesa. O pai estava em casa mas ao telefone, com uma chamada de trabalho.
Quando regressei com a caderneta fui informada que se tinham virado do avesso. O pai teve de desligar o telefone quando ouviu os gritos e choro dos três.
Encontrou-os na sala engalfinhados no chão. O mais novo tinhe feito alguma à irmã mais velha, o do meio tinha-a defendido, ao que o mais novo respondeu com duas mordidelas no braço e ombro, que deixaram uma marca de sangue e uma nódoa negra; ao que o do do meio retorquiu com um soco na barriga do mais novo.
Resultado, gritavam os três, choravam os três. O mais novo levou uma descasca e ficou de castigo. Não abriu a boca, como acontece quando merece castigo.
No dia seguinte apenas os dois mais velhos tiveram ordem para arrumar as cartas na caderneta, ficando o mais novo no seu castigo, apenas a olhar.
Dá-me dó vê-lo assim, estoicamente a aceitar o castigo, como que a espiar os seus pecados. Quando sabe que merece, aceita o castigo sem queixume. Fecha a boca e olha de lado. Percebe quando faz mal, e que merece ser castigado. Mas volta sempre a fazer das suas. Passado um dia pergunta se ainda está de castigo.
Será que são todos assim?
Terão todos os irmãos momento de amor, com abraços e beijos e outros momento de verdadeira pancadaria?
Às vezes sinto que estou a criar uns pequenos piratas das Caraíbas...
Os meus adoram-se mas também têm momentos de embirração e zanga...!!!
ResponderEliminarBeijinhos
Maria
Eu tenho dois meninos, um com 7 anos e outro com 3 anos. Eles adoram-se mas por vezes (acho que posso dizer que são mesmo muitas vezes) também se envolvem a pancada. O Pai acha normal, eu fico louca a achar que estou a educar dois monstrinhos. Acho que faz parte do crescimento (espero...).
ResponderEliminarEu tenho duas que ainda n se pegam (a mais nova ainda n tem 3 meses), mas lembro-me perfeitamente de eu e o meu irmao (15 meses mais novos) nos pegarmos e logo a seguir andarmos a brincar como se nada fosse.
ResponderEliminarwww.margaridaflordaminhavida.blogspot.com
Bom, se alguma vez me tivesses visto com a minha irmã á batatada, passavas-te da cabeça, juro: eramos cá de uma violência!! Mas depois se alguém lhe fazia mal era ver-me saltar em sua defesa, ou ela em minha. O meu filho é igual ao teu mais novo: faz disparate, vai pró castigo, mas torna sempre a fazer, o peste!!!
ResponderEliminarhttp://bloglairdutemps.blogspot.pt/
Acho que devem ser todos iguais, pelo menos assim espero pois os meus também têm momentos assim... ;)
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