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27 de agosto de 2012

3 filhos menos um

Chegámos a casa com dois filhos em vez de três. Os dois mais novos. Assim, só tivemos de carregar duas crianças adormecidas nos braços. Quando adormecem os três torna-se um pouco mais difícil. Temos de fazer mais algumas piscinas. O pais leva um para cima e deita na cama. Eu fico no carro a guardar os outros dois. Ele volta, pegamos cada um numa criança e lá vamos para cima. Depois de os deitarmos já podemos ir ao carro buscar sacos, mochilas e o mais que seja.

Ontem não. A mais velha quis ficar em casa do avô. Eu aceitei na hora. O pai ainda teve dúvidas. Não tem roupa, nem pijama, nem dada. Eu aproveitei logo. Deixa-a ficar. Quando temos filhos que são tão, tão agarrados a nós que não querem ficar com ninguém temos de aproveitar estes rasgos de soltura. Quando era filha única não ficava rigorosamente com ninguém. Nem tios que adorava, nem avós, nem ninguém.

Quando tinha penas 4 meses, aquela idade em que supostamente os bebés não estranham, deixei-a com duas tias que moravam na nossa rua. Fomos a pé para o Estádio de Alvalade para assistir a um jogo do Europeu de 2004 para o qual nos tinham oferecido bilhetes. Chegámos ao estádio, vi as cores, a festa inicial, as claques, os cânticos e... o telefone tocou. Ouvi a voz da tia aflita que me pedia para voltar. Tinham passado 30 minutos e a pequena gritava a plenos pulmões, assim tipo desesperada que fui abandonada. Nem com conversa, nem com canções, nem beijinhos, nem nada. Quanto mais a tentavam acalmar mais a minorca mostrava a sua capacidade respiratória. E se tinha bom pulmões...

Lá ficou o pai no estádio e lá foi a mãe embora. Acalmar a pequena grande fera. Quando cheguei estava vermelha de choro, olhos inchados, cara lavada em lágrimas. Mal me viu atirou-se para o meu colo e... calou-se. Pronto já tinha a mãe. Já estava tudo bem.

E foi assim até ter irmãos e os irmãos começarem a ficar em casa dos avós e ela querer imitar os irmãos, que de tímidos nunca tiveram nada. Por isso, é que quando aos 8 anos quer ficar em casa de tios ou avós, não hesito. Apoio na hora. Não posso deixar passar um raro momento de soltura.



4 comentários:

  1. Ora bem. O meu não fica em lado nenhum que eu não fique, a não ser na própria casa. Se for cá em casa, pode até vir o Passos Coelho que o miúdo aceita na hora. Agora outras casa é que não! Vá-se lá perceber porquê...
    http://fashionfauxpas-mintjulep.blogspot.com

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  2. As crianças precisam de saber adaptar-se a outros ambientes, só lhes faz é bem. :)

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  3. Há empre uma t-shit para a dormir e a cuequita lava-se à noite que no outro dia está seca!

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