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7 de junho de 2018
Junho ou Janeiro?
Não entendo. O meu cérebro não consegue processar esta informação. Frio, chuva, humidade, céu negro...
Estamos em Junho ou em Janeiro?
Estamos prestes a acabar a primavera e começar o verão, ou a meio do inverno?
Seguramente a meio, quem me dera que no fim, de um longo inverno. Um dos mais longos que assisti nas mais de 40 décadas com que a vida me presenteou.
Já usei roupa de verão. Já ganhei bronzeado na cara e braços, com a permanência ao ar livre nuns fins de semana solarengos, de há quase um mês...
Voltei a ir buscar as camisolas de malha, os sobretudos, os pijamas de inverno.
Os miúdos estão prestes a acabar as aulas. Falta apenas uma semana! Vão ficar fechados em casa? Abrigados da chuva? Não faz sentido!
O meu cérebro não consegue assimilar esta dualidade de sensações. Os dias longos de primavera, com o céu cinzento e o frio.
Olho para a lareira que me pisca o olho. Contenho-me. Recuso-me a abraçar o inverno a poucos dias do inicio oficial do verão. Depois de uma primavera com falta de comparência.